A previsão do governo é que a abertura do mercado chinês possa gerar mais de US$ 1 milhão aos cofres públicos. Foto: Ministério do Desenvolvimento
Comércio exterior
Brasil abre novo mercado de exportação com a China
Foram negociadas medidas sanitárias para a exportação de noz-pecã
Durante a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em Pequim nesta quinta-feira, 06, o Ministério da Agricultura e Pecuária negociou novas medidas sanitárias e de quarentena com a China para viabilizar a exportação de noz-pecã para o país asiático.
A produção do fruto é uma aposta do governo brasileiro para impulsionar o comércio exterior. O Brasil é o quarto maior produtor de noz-pecã, sendo 70% da produção concentrada no estado do Rio Grande do Sul. Dados do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) indicam que a China já importa 45 mil toneladas do insumo nacional.
A previsão do governo é que a abertura do mercado chinês possa gerar mais de US$ 1 milhão aos cofres públicos. “A China é o maior comprador de produtos agropecuários brasileiros, então a nossa expectativa é continuar ampliando as relações comerciais para anunciarmos brevemente outras novas aberturas”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Segundo a pasta, durante a comissão também foram negociados acordos bilaterais para a exportação de outros produtos, como uva fresca, gergelim e carne bovina com osso e seus derivados, que ainda não estão oficializados.
A viagem marca os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China e os 20 anos da criação da Cosban. O Ministério da Indústria, Comércio e Serviços informou que foram firmados 8 instrumentos intergovernamentais e 30 novos resultados em diversas áreas, como agricultura, finanças e meio ambiente, além de 11 acordos do setor privado. Entretanto, a detalhação das medidas ainda não foi divulgada.
O Brasil é o principal destino de investimentos chineses na América Latina, com 48% do total, acumulando US$71,6 bilhões entre 2007 e 2022.