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No ano passado, o Brasil alcançou um recorde com 93% de toda a eletricidade produzida proveniente de fontes renováveis, incluindo hidrelétricas, usinas eólicas e solares (Foto: Ari Versiani/PAC via Agência Brasil)

Nacional

Brasil registra menor emissão de carbono na geração de energia em 11 anos

Atualizado em: 15 de fevereiro de 2024 às 11:49
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Segundo o Ministério de Minas e Energia, país teve média de 38,5 kg de dióxido de carbono por megawatt/hora gerado

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou na quarta-feira, dia 14, dados que indicam redução nas emissões de carbono na geração de energia elétrica no Brasil. Em 2023, o país registrou a menor taxa de emissão de CO2 dos últimos 11 anos, com uma média de 38,5 kg de dióxido de carbono por megawatt/hora (MWh) gerado. Para se ter uma ideia, em 2022 foram 61,7 kg/MWh.

Segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, essa taxa é a mais baixa desde 2012. O resultado é atribuído ao aumento da participação de fontes limpas na matriz energética, às ações para reduzir o uso de termelétricas e ao cenário hidrológico favorável.

No ano passado, o Brasil alcançou um recorde com 93% de toda a eletricidade produzida proveniente de fontes renováveis, incluindo hidrelétricas, usinas eólicas e solares. No Sistema Interligado Nacional (SIN), aproximadamente 70% da produção veio da energia hidrelétrica, seguido por 15% de energia eólica, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Apesar do avanço das fontes renováveis, o Ministério de Minas e Energia ressaltou a necessidade contínua das termelétricas para garantir a segurança do sistema elétrico nacional. No entanto, o acionamento dessas termelétricas foi reduzido em 2023, refletindo também em uma diminuição nos encargos pagos pelos usuários do sistema elétrico, que totalizaram R$11,6 bilhões no ano passado, uma queda de R$1,3 bilhão em relação a 2022.

Segundo o MME, a interligação de sistemas isolados ao Sistema Interligado Nacional possibilitou a redução do uso de fontes fósseis no país. Em 2023, municípios como Parintins e Itacoatiara, no Amazonas, e Juruti, no Pará, foram conectados ao SIN, o que, de acordo com a pasta, gerou mais qualidade e segurança no suprimento de energia elétrica, ao mesmo tempo em que reduziu a dependência de geração por óleo diesel e as emissões de CO2 na atmosfera.

O Ministério também informou que essa integração gerou resultados na economia da conta de luz, com uma queda de R$ 1,3 bilhão nos gastos com a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um encargo pago por todos os consumidores de energia elétrica. O valor total da CCC em 2023 chegou a R$ 11,6 bilhões, menor do que o esperado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e representando uma queda em relação ao montante de 2022, que foi de R$ 12,9 bilhões.

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