A ideia é que, com o terminal de cruzeiros eletrificado, o navio, ao atracar, receba energia diretamente do equipamento em terraCrédito: Divulgação/Autoridade Portuária de Lisboa
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Câmara Municipal de Lisboa exige eletrificação do terminal de cruzeiros
Presidente da Casa exigiu que a Administração do complexo faça a obra
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, exigiu na última terça-feira (20) que a Administração do Porto de Lisboa (APL), em Portugal, realize a obra de eletrificação do terminal de cruzeiros e resolva questões pendentes sobre uma possível taxa turística que deveria ser paga pelos navios de passageiros que atracam na cidade.
Moedas alegou que a obra de eletrificação “tem que ser feita” porque as embarcações não podem ficar ligadas durante todo o tempo da atracação, consumindo combustíveis fósseis e emitindo gases poluentes na atmosfera.
A ideia é que, com o terminal eletrificado, o navio, ao atracar, receba energia diretamente do equipamento em terra, podendo desligar os motores sem causar prejuízos à embarcação, tripulantes e passageiros.
“Essa obra tem de ser feita. Essa obra não depende da Câmara Municipal. O Porto de Lisboa tem de fazê-la. Exijo que seja feita, porque os barcos não podem estar atracados com os motores ligados com energias fósseis, tem de ser feito através de uma atracagem que tenha energia elétrica e só energia elétrica”, declarou o presidente da Câmara.
Moedas falou sobre o assunto na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, ao ser questionado por deputados sobre a poluição do porto de Lisboa, que está em 5.º lugar no ranking das infraestruturas portuárias da Europa com maiores níveis de poluição associados a navios de cruzeiros, segundo um estudo divulgado pela associação ambientalista Zero.
O parlamentar afirmou que tem tido reuniões com a APL para exigir a eletrificação do terminal de cruzeiros. Destacou também conversas com a Autoridade Portuária para resolver questões referentes à cobrança da taxa turística.
“Estou trabalhando para que seja resolvido o diferendo em relação à pretensão da câmara de que os cruzeiros que atracam em Lisboa paguem a taxa turística, medida que deveria ter sido aplicada desde logo, mas isso nunca aconteceu”, declarou.
Na cidade de Lisboa, a taxa turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 aos turistas nacionais e estrangeiros que dormem na cidade pelo menos uma noite. Inicialmente, o valor era de um euro por noite, mas a partir de janeiro de 2019 aumentou para dois euros.