O aumento da profundidade do canal permite a navegação de navios com calados maiores, contribuindo para o aumento de movimentação de carga (crédito: Divulgação/Porto de Itaguaí)
Região Sudeste
Canal principal do Porto de Itaguaí (RJ) tem profundidade ampliada para 20 m
Operação retirou partes de uma rocha que limitava a profundidade de um trecho do canal em 19,5 m
A profundidade máxima do canal principal do Porto de Itaguaí (RJ) foi ampliada para 20 metros. A homologação da Marinha do Brasil foi publicada no último dia 24 de maio, após análise de um levantamento hidrográfico realizado próximo a boia nº 5, onde foi executado o corte em uma área de fundo rochoso, que antes limitava a profundidade em 19,5 metros. A informação é da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Autoridade Portuária responsável pela administração do porto.
Segundo o superintendente de Gestão Portuária de Itaguaí e Angra dos Reis, Alexandre Neves, o fundo rochoso em questão foi descoberto em 2009, durante uma dragagem, e foi necessária sua derrocagem para igualar a profundidade do trecho com a profundidade do restante do canal.
Alexandre Neves ressaltou que “a remoção de aproximadamente 108 m3 de rocha submersa, embora no licenciamento ambiental estivessem autorizados até 900 m3, foi realizada com uma metodologia limpa, sustentável e inovadora – com fio diamantado, sem necessidade de explosão e seguindo as melhores práticas, com registros constantes de monitoramento ambiental, além de ter passado por vistorias técnicas do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), da equipe de Sustentabilidade do Negócio da CDRJ e da Delegacia da Capitania dos Portos em Itacuruçá”.
Com a regularização dos novos parâmetros de profundidade do canal de acesso, o superintendente disse que os objetivos do projeto foram alcançados. “A ampliação da profundidade proporcionará melhores condições de segurança à navegação e permitirá o aumento da eficiência operacional e da competitividade para as atividades do Complexo Portuário da Baía de Sepetiba, que engloba o Porto de Itaguaí e terminais privados”, destacou Alexandre.
Remoção
O processo de remoção da rocha foi liderado pelo TUP Porto Sudeste, que opera no complexo portuário. A empresa investiu R$ 15 milhões na obra, que foi iniciada em 4 de agosto de 2021, e concluída em 6 de junho deste ano. A operação era realizada durante o dia, em um processo de corte submerso da pedra que durava de três a quatro horas diárias, segundo a assessoria do TUP.
Com o aumento da profundidade, o Porto Sudeste espera aumentar a capacidade de movimentar carga em um mesmo navio por viagem e, com isso, reduzir o número de viagens. Ou seja, diminui o número de navios que chegam ao terminal.
A derrocagem também permite a redução do tempo de espera para as manobras de atracação e desatracação e, consequentemente, um incremento nas janelas operacionais, que é o período em que os navios têm condições de manobrar.