A pesquisa constatou 8.378 estabelecimentos ativos no primeiro semestre, um acréscimo de 2,2% sobre o cenário do segundo semestre de 2021 (Claudio Neves/Portos do Paraná)
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Capacidade de armazenagem agrícola cresce 3% no País, aponta IBGE
A disponibilidade era de 188,8 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano
A capacidade de armazenagem de produtos agrícolas no Brasil aumentou 3% nos primeiros seis meses deste ano sobre o semestre anterior, perfazendo 188,8 milhões de toneladas. Houve um acréscimo de 2,2% de armazéns em comparação ao segundo semestre de 2021. É o que indica o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado ontem (9).
Segundo o IBGE, o Rio Grande do Sul possui o maior número de armazéns (2.183), seguido do Mato Grosso (1.416) e Paraná (1.343). Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do País, com 46,9 milhões de toneladas. Deste total, 58,3% são do tipo graneleiro e 35,2% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná possuem 35,1 e 32,9 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, e o silo é predominante nesses estados.
O estoque de produtos agrícolas totalizou 65,5 milhões de toneladas, uma alta de 10,5% frente às 59,2 milhões de toneladas de 30 de junho de 2021.
No primeiro semestre deste ano, as regiões Norte, Sul e Centro-Oeste tiveram aumentos no número de estabelecimentos de 15,1%, 0,7% e 5,1%, respectivamente, enquanto Nordeste e Sudeste apresentaram quedas de 1,0% e 0,1%. Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de soja representaram o maior volume (35,3 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de milho (19,3 milhões), arroz (5,1 milhões), trigo (2,3 milhões) e café (0,8 milhão). Estes produtos constituem 95,8% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa.
No entanto, o IBGE informou que os dados referentes ao estado do Mato Grosso não foram coletados “devido a dificuldades operacionais”. O instituto esclarece que os volumes estocados de milho e soja do estado foram imputados com base no volume armazenado desses produtos no primeiro semestre de 2021. “A soma do volume estocado de milho nesses estabelecimentos representou 810,9 mil toneladas, 8,3% do volume total armazenado no estado. No caso da soja, a soma do volume estocado nesses estabelecimentos representou 382,1 mil toneladas, 12,3% do volume total armazenado no Estado. Como as safras de milho e soja não apresentaram grandes diferenças nos últimos dois anos, foi utilizado o mesmo valor estocado em 2021 para 2022. Espera-se coletar os dados desses estabelecimentos na próxima edição”, explicou o instituto em nota.
Capacidade dos silos
Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no País, tendo alcançado 96,1 milhões de toneladas no primeiro semestre, ou 50,9% da capacidade útil total. Em relação ao segundo semestre de 2021, a capacidade dos silos cresceu 4%.
Na sequência, assinalam-se os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 70 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 2,1% superior à verificada no período anterior. Este tipo de armazenagem é responsável por 37,1% da armazenagem nacional.
Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 22,6 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 1,4% em relação ao segundo semestre de 2021. Esses armazéns contribuem com 12,0% da capacidade total de armazenagem.
Os silos predominam no Sul e respondem por 63,5% da capacidade armazenadora dessa região e 48,6% da capacidade total de silos do País. O tipo graneleiros e granelizados é mais frequente no Centro-Oeste, com 52,8% da capacidade da região e 57,2% da capacidade total. Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam no Sul (34%) e no Sudeste (31%). Estas duas regiões, juntas, correspondem a 65% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.
Estoques
O estoque de produtos agrícolas totalizou 65,5 milhões de toneladas, uma alta de 10,5% frente às 59,2 milhões de toneladas de 30 de junho de 2021.
No primeiro semestre, houve acréscimos nos estoques de milho (69,1%). Nos demais produtos armazenados, as quedas foram de 4,0% na soja; 6,4% no arroz; 5,7% no trigo; e 19,6% no café. Estes produtos constituem 95,8% do total estocado entre os produtos monitorados pela pesquisa. Os 4,2% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.