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A certificação fitossanitária na origem do algodão será realizada no Terminal Contrail Logística, em Jundiaí. Do terminal, os contêineres seguirão para o Porto de Santos (Foto: Reprodução/Mapa)

Porto de Santos

Certificação de algodão em pluma na origem promete aliviar gargalos

4 de outubro de 2024 às 9:54
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Inspeção em Jundiaí acelera exportação para China, Bangladesh e Vietnã, com previsão de aumento de 8% nas exportações na próxima safra

A Superintendência de Agricultura e Pecuária de São Paulo (SFA-SP) realizou na última quarta-feira (2) a primeira inspeção de algodão em pluma no município de Jundiaí (SP), marcando o início de um novo processo de exportação para a China, Bangladesh e Vietnã — países que não exigem tratamento fitossanitário. O primeiro lote inspecionado foi composto por 44 contêineres, e a expectativa é que a nova operação certifique cerca de 400 contêineres por mês, conforme informações de Lucas Zago, auditor fiscal do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, que acompanhou o procedimento.

O algodão em pluma, originado do beneficiamento do algodão em caroço, agora pode ser certificado diretamente na origem graças à autorização concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), vigente desde 1º de outubro. Até então, a inspeção fitossanitária era realizada exclusivamente pelo sistema Vigiagro, que atua nas fronteiras e responde à sede do Mapa em Brasília (DF).

A mudança foi impulsionada por gargalos logísticos no Porto de Santos, responsável por escoar 95% das exportações de algodão do Brasil. Com o crescimento estimado de 8% nas exportações brasileiras do produto na próxima safra, chegando a 4 milhões de toneladas, a necessidade de otimizar o fluxo logístico se tornou crucial, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

A nova certificação será realizada no Terminal Contrail Logística, em Jundiaí, com suporte da equipe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (Sisv-SP) e do Mapa regional de Campinas. De lá, a maior parte dos contêineres será transportada por via ferroviária até o Porto de Santos, contribuindo para a redução do tráfego de caminhões na área portuária e melhorando a eficiência da operação logística.

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