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A parceria é voltada para conhecimento, recursos e práticas sustentáveis. As primeiras atividades, ainda não detalhadas pela Codeba, serão voltadas aos atracadouros dos cais baianos. Uma visita de técnicos do Iclei aos portos da Bahia vai acontecer na primeira semana de julho. Foto: Divulgação

Região Nordeste

Codeba firma parceria voltada ao desenvolvimento sustentável

25 de junho de 2024 às 17:07
Júnior Batista Enviar e-mail para o Autor

Primeira ação junto ao Iclei deve ocorrer em julho, voltada a práticas sustentáveis nos atracadouros baianos

A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) filiou-se ao Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade, instituição voltada ao desenvolvimento urbano sustentável. A parceria é voltada para conhecimento, recursos e práticas sustentáveis.

As primeiras atividades, ainda não detalhadas pela Codeba, serão voltadas aos atracadouros dos cais baianos. Uma visita de técnicos do Iclei aos portos da Bahia vai acontecer na primeira semana de julho.

O acordo foi celebrado no 3º Encontro Nacional do Iclei, realizado em São Paulo, junto aos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus.

“Há muito o que ser feito em conjunto com os especialistas do Iclei. Atualmente, somos a única autoridade portuária federal brasileira inserida na cadeia mundial que luta, incansavelmente, pelo desenvolvimento sustentável, com olhar aguçado para os efeitos dos gases de efeito estufa no planeta. Não podíamos ficar de fora. Queremos ser protagonistas da ação global para mitigar e minimizar as danosas consequências das mudanças climáticas, seguindo a rota do crescimento sustentável”, afirmou o diretor-presidente da Codeba, Antonio Gobbo.

Segundo ele, há um leque de ações a serem desenvolvidas nos atracadouros públicos vinculados à Companhia das Docas da Bahia e os trabalhos vão ser iniciados com a visita de especialistas da entidade aos atracadouros. O estado nordestino tem 1,1 mil quilômetros de costa litorânea, a mais extensa do país.

Ainda de acordo com Gobbo, o compromisso com a economia de baixo carbono, que se baseia na adoção de práticas socioambientais e de governança resilientes e eficazes, levou à assinatura do texto.

A instituição é uma organização global que conta com cerca de 2.500 governos locais e regionais comprometidos com o desenvolvimento urbano sustentável. Ativa em mais de 125 países, a rede influencia as políticas de sustentabilidade e impulsiona a ação local para o desenvolvimento de baixo carbono, baseado na natureza, equitativo, resiliente e circular.

A Companhia de Docas do Estado da Bahia foi um dos patrocinadores do congresso mundial do Iclei, que reuniu especialistas climáticos e de outros ramos ambientais de todas as partes do mundo.

De acordo com o diretor-presidente da Codeba, a sinergia foi completa e vai render bons frutos para os três portos baianos. “Fico muito feliz em poder contribuir com essa mudança de paradigma nos atracadouros públicos baianos, que estão prestes a dar um passo importantíssimo rumo à descarbonização e à sustentabilidade. O setor marítimo tem grande potencial de crescimento e o estado será um dos grandes beneficiados do Brasil com a dinamização do modal de transporte de carga em total sintonia com a sustentabilidade”, explicou Gobbo.

Secretário-executivo do Iclei América do Sul desde 2016, o economista Rodrigo Perpétuo compartilha da expectativa de Antonio com a parceria estratégica da instituição com a Codeba e cita que a adesão à rede não poderia ter ocorrido em ocasião mais apropriada. “Destacamos várias tendências mundiais no congresso e uma delas estava relacionada às cidades costeiras, e mais especificamente à relação cidade-porto”, disse ele.

De acordo com Perpétuo, o propósito é apoiar os três portos no que se refere às suas ações climáticas e ESG. “Será uma oportunidade pioneira e inovadora, que poderá ser replicada em outros complexos portuários do Brasil e de outros países”, conclui.

O complexo portuário baiano é formado pelos portos públicos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, além de cinco Terminais de Uso Privado (TUPs). O conjunto integra o Sistema Portuário da Baía de Todos os Santos, formado pelo porto descontinuado Aratu-Candeias/Salvador, além  dos TUPs da Petrobrás (Temadre e o Terminal de Gaseificação), Ford, Dow Química, Moinho Dias Branco e Gerdau (Usiba).

Individualmente, os três atracadouros estão entre os 10 mais movimentados do Nordeste. Pelo ranking de 2023 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Porto de Aratu-Candeias é o terceiro atracadouro público mais movimentado da região, com o total de 6.683.832 toneladas. O Porto de Salvador ocupa a quarta posição (4.677.084) e de Ilhéus, a décima (527.675).

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