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Região Sudeste

Com leilões, SPA prevê R$ 5,8 bilhões de investimentos no Porto de Santos

27 de abril de 2022 às 17:30
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

A Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o Porto de Santos, prevê que o complexo receberá investimentos na ordem de R$ 5,8 bilhões, mas conta com a conclusão dos leilões projetados para alcançar este resultado ainda neste ano. A expectativa foi repassada no evento ‘SPA Day’ que reuniu, na manhã de ontem (26), possíveis investidores interessados na desestatização do complexo portuário.

A estatal conta, principalmente, com o leilão do STS 10, um grande terminal de contêineres, a maior licitação de todas, com proposta de R$ 3,2 bilhões. Além dele, estão na carteira de pregões o STS 53 (granéis), com R$ 659 milhões; o Terminal Retro Alfandegado (TRA) Saboó (para contêineres), com R$ 340 milhões; TRA Margem Esquerda (para contêineres), com R$ 133 milhões e o STS 08 (granéis líquidos), com R$ 506 milhões.

Em relação aos investimentos já em andamento em terminais portuários, o valor é de R$ 5,4 bilhões, que incluem contratos antigos e arrendamentos recentes, entre eles o STS08A, em leilão vencido pela Petrobras no ano passado, e o STS11, arrematado no último dia 30 de março, pela Cofco Internacional Brasil.

Além dos investimentos futuros, o presidente da SPA, Fernando Biral, destacou que a empresa privada vencedora do leilão do Porto de Santos, previsto para ocorrer ainda neste ano, vai receber uma empresa com “saúde financeira”, que vem registrando lucro por três anos consecutivos. O resultado de 2021 foi de lucro recorde para a SPA, com R$ 329,1 milhões, alta de 62,6% sobre 2020.

“O Porto de Santos é um ativo irreparável, com localização privilegiada e perspectiva de crescimento com a expansão da poligonal”, disse Fernando Biral.

O diretor de Administração e Finanças da SPA, Marcus dos Santos Mingoni, destacou alguns detalhes da gestão atual que fizeram a diferença nos resultados apresentados, entre elas a racionalização de gastos, o sucesso do Plano de Demissão Voluntária (PDV) e o programa Hora Extra Zero.

“O custo com hora extra chegou a ser 30% da folha de pagamento no passado e trazia um mar de ações trabalhistas”, detalhou Marcus. “É importante destacar aos interessados que não temos dívidas bancárias, temos independência da União e 100% dos ativos mapeados”, concluiu.

O diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da SPA, Bruno Stupello, se apresentou em seguida e disse que existe uma tendência para que o Porto de Santos se torne um hub de contêineres com o leilão dos terminais que movimentarão este tipo de carga. Com isso, a necessidade de novos acessos é urgente e citou, como exemplo, o desenvolvimento da FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos).

TCU deve deliberar concessão da FIPS em maio

A concessão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS), que deverá substituir o atual contrato com a Portofer, deverá ser deliberada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no mês que vem. A informação foi repassada no evento, por Bruno Stupello.

Se a autorização vier, a previsão, de acordo com ele, é realizar o chamamento público no início de julho e assinar o contrato no fim do ano. O investimento previsto na concessão é de R$ 891 milhões, que serão investidos no período de cinco anos, com ampliação da capacidade das ferrovias internas e na ampliação das malhas ferroviárias no interior do País.

De acordo com a SPA, a movimentação de cargas pelo modal ferroviário no Porto de Santos, em virtude dos investimentos realizados na malha santista e em toda a extensão das concessões ferroviárias, cresceu de aproximadamente cinco milhões de toneladas, em 2000, para cerca de 48,2 milhões de toneladas em 2020.

A política pública de incentivo ao modal ferroviário, embasada em medidas como a condução de novas concessões e a renovação antecipada de contratos de concessões condicionada à realização de novos investimentos, resultará no aumento da demanda correspondente a, aproximadamente, 50 milhões de toneladas entre 2030 e 2040.

 

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