As condições climáticas foram as que mais impactaram neste cenário, principalmente na região Centro-Sul, onde as chuvas ficaram 26,7% abaixo do esperado entre os meses de outubro do ano passado e fevereiro deste ano. Foto: Agência Brasil
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Com quebra de safra, etanol pode ficar mais caro
Condições climáticas afetaram produção de cana-de-açúcar e milho
A produção de etanol oriundo da cana-de-açúcar e do milho deve ter queda de 4% devido à quebra da safra 2024/2025, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que pode refletir no aumento do preço do álcool nas bombas.
As condições climáticas foram as que mais impactaram neste cenário, principalmente na região Centro-Sul, onde as chuvas ficaram 26,7% abaixo do esperado entre os meses de outubro do ano passado e fevereiro deste ano.
Apesar da redução na safra, a pesquisa aponta uma produção de açúcar estimada em 46,29 milhões de toneladas – acréscimo de 1,3% em relação ao obtido na safra anterior, recorde até então.
Quando analisado apenas o etanol oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, observa-se uma redução de 8%. Já o derivado de milho, apresenta crescimento de 16%. A estimativa indica, portanto, a produção de 34,18 bilhões de litros de etanol, a partir da cana-de-açúcar e do milho.
Desse total, 15,18 bilhões de litros serão de etanol anidro e 19 bilhões de litros de etanol hidratado, sendo o etanol anidro o mais usado como aditivo de combustíveis, o chamado álcool puro.
Com relação ao mercado, já se observa preços mais competitivos do etanol em relação à gasolina em alguns estados brasileiros, sobretudo em São Paulo, maior produtor e detentor da maior parte da frota de veículos. Contudo, a redução de 8% prevista para a próxima safra tende a diminuir a diferença para a gasolina, em virtude do melhor cenário do açúcar, com o mix de produção em desfavor do álcool.