Parte da comitiva em Gênova, na Itália: o objetivo da missão internacional do Brasil Export foi promover a troca de experiências com empreendimentos estratégicos do Mediterrâneo (Foto: Divulgação/Grupo Brasil Export)
Brasil Export
Comitiva do Brasil Export faz balanço positivo da missão no Mediterrâneo
Autoridades, executivos e especialistas destacam aprendizados e trocas de experiência para fortalecer a competitividade portuária nacional
Autoridades e executivos do setor portuário brasileiro avaliaram positivamente a missão internacional do Brasil Export, que entre os dias 3 e 11 deste mês percorreu portos de Gênova, Nápoles e Palermo, na Itália; Barcelona, na Espanha; Marselha, na França, e também fez escala em Túnis, na Tunísia. O objetivo da missão foi promover uma troca de experiências com empreendimentos estratégicos do Mediterrâneo, onde o histórico de investimentos contínuos transformou esses portos em referências de eficiência e inovação.
Para Régis Prunzel, presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), observar os portos mediterrâneos destacou o potencial de desenvolvimento do setor brasileiro. “O que a gente pode destacar é a importância da movimentação de cargas e de como os portos do Mediterrâneo evoluíram ao longo de muito tempo. Um pouco diferente do que a gente tem feito principalmente nos portos da Baixada Santista”, afirmou. Prunzel enfatizou que os investimentos realizados no Brasil são essenciais para fortalecer a competitividade do país no cenário global.
A comitiva realizou diversas atividades a bordo do navio MSC Fantasia, incluindo palestras e painéis de debates. Uma oportunidade valiosa para reflexão e aprendizado. “Visitamos vários países, vários portos e tivemos eventos com debates extremamente ricos”, pontuou Helano Pereira, vice-presidente executivo da Ultracargo, destacando o valor do intercâmbio de práticas e soluções inovadoras.
Murillo Barbosa, presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), também observou que, apesar do alto nível dos terminais brasileiros, a missão representou uma oportunidade de atualização. “Nós do Brasil, no estado da arte, não temos na parte de terminais de contêineres muito mais a aprender, mas essa troca de experiências e novos conhecimentos é extremamente importante”.
Para Renato Freitas, superintendente da Transglobal, o contato com os modelos europeus confirmou avanços já realizados no Brasil e apontou áreas com potencial de melhoria. “Tivemos belas oportunidades de comparar o nosso negócio no Brasil com a Europa e ver que, de fato, temos muito a fazer. Mas ao mesmo tempo já tem bastante coisa feita”.
Angelino Caputo, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), também ressaltou a importância dessas comparações. “Às vezes achamos alguma coisa que não tem no Brasil. Às vezes achamos pior e concluímos que o Brasil é melhor naquele ponto. Mas nada supera a integração da equipe”.
A missão contribuiu ainda para estreitar relações entre os executivos, reforçando um espírito colaborativo entre as lideranças do setor. “Essa integração foi fantástica, sem dúvida alguma, reforçando uma amizade que era meio longínqua e hoje é muito próxima”, destacou Bayard Umbuzeiro Filho, diretor-presidente da Transbrasa.
Além dos aspectos técnicos e comerciais, o potencial turístico dos terminais de cruzeiros brasileiros ganhou destaque durante a missão. Para o deputado estadual Caio França, os portos mediterrâneos trazem um exemplo relevante ao Brasil, que pode aproveitar o turismo portuário para gerar mais oportunidades e desenvolvimento regional.
“Estivemos na França, na Espanha e na Itália, países que têm o turismo como vocação. E nós temos no terminal de cruzeiros uma experiência importante a ser aproveitada, interagindo muito com as cidades”.