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Os CEOs da Latam, Gol e Azul apresentaram as medidas para baratear as passagens durante entrevista coletiva, ao lado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa FilhoCrédito: Divulgação/MPor

Nacional

Companhias aéreas anunciam medidas para baratear passagens

Atualizado em: 19 de dezembro de 2023 às 8:40
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Pacote proposto por Latam, Gol e Azul prevê promoções e teto de preço de até R$ 799

As companhias aéreas anunciaram na segunda-feira, dia 18, as primeiras medidas para baratear os preços das passagens. Em coletiva de imprensa ao lado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os CEOs da Latam, Gol, e Azul divulgaram ações para oferecer trechos com menores custos em 2024.

A Azul vai comercializar 10 milhões de bilhetes até R$ 799 com a marcação de assento e bagagem despachada para compras realizadas de última hora. A Gol vai disponibilizar 15 milhões de assentos com preço de até R$ 699, promoções especiais e com mais de 21 dias de antecedência, os preços podem variar entre R$ 600 e R$ 800. Já as tarifas de assistência emergencial terão 80% de desconto.

A Latam vai ofertar 10 mil assentos a mais por dia, toda semana oferecer um destino abaixo de R$ 199, mudanças no programa de fidelidade e manutenção do programa de desconto de 80% para tarifas de assistência emergencial.

O ministro Sílvio Costa Filho ressaltou que essas são as primeiras ações para diminuir os preços dos bilhetes. Segundo ele, novas medidas podem ser tomadas a qualquer momento. “Por orientação do presidente Lula, a gente tem buscado alternativas para que possa diminuir o custo da passagem aérea e, automaticamente, soluções que possam fortalecer mais o consumidor final. Para termos preços mais acessíveis aos brasileiros, é necessário um esforço coletivo e um diálogo constante. Estamos no caminho certo e esperamos que mais brasileiros possam viajar nos próximos meses”, disse o ministro.

O ministério lembrou que a pasta está tomando medidas em paralelo para ajudar a diminuir o preço das passagens, entre elas o diálogo com o Ministério de Minas e Energia (MME) e com a Petrobras para diminuir o valor do Combustível de Aviação (QAV) que atinge 40% do valor das passagens aéreas.

Além disso, a utilização do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) como garantia em operações de crédito para empresas nacionais afetadas pela pandemia; o estímulo a entrada de empresas de baixo custo no Brasil, as chamadas low cost, que tem por objetivo aumentar a concorrência e criar novos nichos de mercado; fortalecer o programa de investimentos em aeroportos regionais e buscar alternativas para reduzir os altos índices de judicialização no setor aéreo que segundo as companhias geram um prejuízo de R$ 1 bilhão ao ano para as empresas.

Segundo Costa Filho, o programa “Voa Brasil” que vai oferecer passagens aéreas a R$ 200 para determinados segmentos da sociedade brasileira prometido para este ano ficou para 2024. A proposta foi anunciada em março pelo então ministro Márcio França.

“A ideia é que a gente apresente o Voa Brasil agora na segunda quinzena de janeiro e vai ter validade a partir de janeiro de 2024, depois da apresentação. A gente está fechando esse pacote com o governo, estamos combinando com as companhias aéreas, a gente está desenhando quais são os públicos específicos no primeiro momento que farão parte deste programa, mas a nossa ideia é que o Voa Brasil se inicie no ano de 2024″, afirmou.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou que “o atual cenário do preço de passagens aéreas no Brasil  segue movimento semelhante ao dos demais mercados em todo o mundo”, mas ressaltou que apenas ações a longo prazo irão resolver a questão.

“As medidas anunciadas pelas empresas aéreas mostram a cooperação do setor aéreo com a agenda de democratização da aviação, mas é importante destacar que somente com ações estruturantes e de longo prazo o setor poderá efetivamente ter redução de custos, condição necessária para crescer e retomar suas condições de oferta”, completou a associação.

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