quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

Lula posa para fotos com funcionários durante visita ao Complexo Boaventura: “Esse país tem que ser exportador. A Petrobras será a maior empresa produtora de biocombustíveis” (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Região Sudeste

Complexo de energias no RJ inaugura maior unidade de gás natural do país

Atualizado em: 14 de setembro de 2024 às 8:50
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Investimento em infraestrutura e refino busca reduzir a dependência de importações e garantir preços competitivos de combustíveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou na sexta-feira (13) o Complexo de Energias Boaventura, no Rio de Janeiro. A estrutura é composta pela maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do país, que faz parte do Projeto Integrado Rota 3 (PIR3). O gás natural, extraído da Bacia de Santos, será transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também entrou em operação.

Com 355 quilômetros de extensão, o gasoduto Rota 3 tem capacidade para escoar até 18 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, ajudando a reduzir o volume de reinjeção e dependência de importações, prática recorrente no Brasil devido à falta de infraestrutura adequada.

“Esse país tem que ser exportador. A Petrobras será a maior empresa produtora de biocombustíveis, a maior produtora de etanol, e maior produtora de hidrogênio verde desse país. É mais do que uma indústria de óleo e de petróleo. É uma indústria de energia e vai produzir o que for necessário”, afirmou o presidente Lula.

O Complexo de Energias Boaventura, além da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), incluirá a construção de duas usinas termelétricas e instalações para a produção de combustíveis e lubrificantes, com a participação do setor privado nos leilões.

Além disso, o projeto prevê a implantação de uma planta de biocombustível dedicada à fabricação de diesel e querosene de aviação, ambos de origem renovável, em conformidade com as diretrizes de sustentabilidade do setor energético.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o setor elétrico deve priorizar políticas públicas voltadas para a reindustrialização do país. “Esse processo passa pela ampliação da oferta de gás natural, da segurança de suprimento e da competitividade dos preços”, disse Silveira.

Após a conclusão das obras, o complexo terá uma capacidade de produção estimada em cerca de 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes do Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). A planta funcionará em integração com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou que o Complexo de Energias Boaventura resultará em um aumento de 50% na produção de derivados no Rio de Janeiro, com um investimento total de R$20 bilhões. “Vamos expandir nossa capacidade de 240 mil para 360 mil barris por dia”, pontuou.

Compartilhe:
TAGS Complexo de Boaventura gás natural gasoduto rio de janeiro