Lula posa para fotos com funcionários durante visita ao Complexo Boaventura: “Esse país tem que ser exportador. A Petrobras será a maior empresa produtora de biocombustíveis” (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Região Sudeste
Complexo de energias no RJ inaugura maior unidade de gás natural do país
Investimento em infraestrutura e refino busca reduzir a dependência de importações e garantir preços competitivos de combustíveis
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou na sexta-feira (13) o Complexo de Energias Boaventura, no Rio de Janeiro. A estrutura é composta pela maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do país, que faz parte do Projeto Integrado Rota 3 (PIR3). O gás natural, extraído da Bacia de Santos, será transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também entrou em operação.
Com 355 quilômetros de extensão, o gasoduto Rota 3 tem capacidade para escoar até 18 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, ajudando a reduzir o volume de reinjeção e dependência de importações, prática recorrente no Brasil devido à falta de infraestrutura adequada.
“Esse país tem que ser exportador. A Petrobras será a maior empresa produtora de biocombustíveis, a maior produtora de etanol, e maior produtora de hidrogênio verde desse país. É mais do que uma indústria de óleo e de petróleo. É uma indústria de energia e vai produzir o que for necessário”, afirmou o presidente Lula.
O Complexo de Energias Boaventura, além da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), incluirá a construção de duas usinas termelétricas e instalações para a produção de combustíveis e lubrificantes, com a participação do setor privado nos leilões.
Além disso, o projeto prevê a implantação de uma planta de biocombustível dedicada à fabricação de diesel e querosene de aviação, ambos de origem renovável, em conformidade com as diretrizes de sustentabilidade do setor energético.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o setor elétrico deve priorizar políticas públicas voltadas para a reindustrialização do país. “Esse processo passa pela ampliação da oferta de gás natural, da segurança de suprimento e da competitividade dos preços”, disse Silveira.
Após a conclusão das obras, o complexo terá uma capacidade de produção estimada em cerca de 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes do Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). A planta funcionará em integração com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou que o Complexo de Energias Boaventura resultará em um aumento de 50% na produção de derivados no Rio de Janeiro, com um investimento total de R$20 bilhões. “Vamos expandir nossa capacidade de 240 mil para 360 mil barris por dia”, pontuou.