Para a soja, a estimativa é que a produção atinja 149,4 milhões de toneladas, queda de 3,4% em relação ao volume obtido na safra 2022/23. Divulgação/Portos do Paraná
Nacional
Conab prevê redução de 6% na safra de grãos 2023/24
Media significa redução de 17,7 milhões de toneladas em relação a estimativa de outubro
A colheita de grãos na safra 2023/2024 deve ser 6% menor ao volume colhido na safra anterior, o que representa uma redução de 17,7 milhões de toneladas de grãos relação à estimativa inicial da companhia, divulgada em outubro do ano passado.
Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e fazem parte do 5º Levantamento da Safra de Grãos, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A divulgação foi feita no último dia 9.
Os técnicos da companhia apontaram que, na safra atual, os produtores rurais devem colher em torno de 299,8 milhões de toneladas de grãos. Na safra 2022/2023, foram alcançadas 319,8 milhões de toneladas.
Em seu primeiro levantamento sobre a atual safra, em outubro, a Conab indicou a possibilidade da produção alcançar 317,5 milhões de toneladas – volume que, mesmo que atingido, representaria um ligeiro decréscimo em comparação ao resultado efetivo anterior.
De acordo com a companhia, as variações climáticas afetaram negativamente as lavouras nas principais regiões produtoras, como no Centro-Oeste, Sudeste e na área conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), principalmente as de soja e milho.
Para a soja, a estimativa é que a produção atinja 149,4 milhões de toneladas – resultado que, se confirmado, será 3,4% inferior ao volume obtido no ciclo 2022/23 e 7,8% menor que as 162 milhões de toneladas que a Conab estimava no início da atual safra. As exportações da oleaginosa também devem ser reduzidas em 4,29 milhões de toneladas, saindo de 98,45 milhões de toneladas para 94,16 milhões de toneladas.
Para o milho, a Conab estima que a colheita não deve ultrapassar 113,7 milhões de toneladas.
Já a produção de feijão deve ser impactada por ondas de calor e má distribuição de chuvas, resultando em 2,97 milhões de toneladas do produto no país.
Embora tenham chegado a afetar a lavoura do arroz, os reflexos do El Niño não gerou perdas até o momento nesta safra. A produção está estimada em 10,8 milhões de toneladas, 7,6% acima da produção da safra anterior.
As primeiras estimativas para as culturas de inverno apontam para uma recuperação na safra de trigo, estimada em 10,2 milhões de toneladas. O plantio do cereal tem início a partir de fevereiro no Centro-Oeste, e ganhará força em meados de abril, no Paraná, e em maio, no Rio Grande do Sul, estados que representam 82,7% da produção tritícola do país.
No caso do algodão, o estoque final do produto teve um reajuste para 2,28 milhões de toneladas, uma vez que o consumo interno se manteve em 730 mil toneladas e as exportações estão estimadas em aproximadamente 2,5 milhões de toneladas.