O novo projeto portuário é tratado como expansão do Porto de Natal, que tem enfrentado dificuldades operacionais (Crédito: Divulgação)
Região Nordeste
Consórcio inicia estudo de viabilidade do Porto Potengi
Projeto visa novo complexo em frente ao complexo portuário de Natal
Foi iniciado este mês o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) do projeto Porto Potengi, que visa a implantação de um novo complexo na margem esquerda do rio Potengi, em frente ao Porto de Natal (RN).
O contrato foi assinado por Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o consórcio Dux Consultoria, responsável pelo levantamento. O investimento é de R$ 2 milhões. A primeira etapa do estudo deve estar pronta em seis meses.
Agora, a equipe do consórcio irá para Natal e realizará pesquisas, entrevistas e visitas às entidades do setor produtivo, órgãos ambientais, empresas e também ao porto da cidade, gerenciado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern).
O novo projeto portuário é tratado como expansão do Porto de Natal, que tem enfrentado dificuldades operacionais por falta de infraestrutura e de novos operadores. Na margem em que se encontra, o ativo está limitado em seu acesso terrestre devido à expansão urbana da capital.
“O estudo de viabilidade do Porto Potengi é fundamental para que o Porto de Natal não fique a ver navios”, comentou Jean Paul Prates, idealizador da proposta.
Dentro do projeto portuário do Porto Potengi estão previstas a recuperação do mangue do estuário e do bairro da Ribeira; a construção de uma terceira ponte sobre o rio Potengi e a concretização de uma conexão direta, por ramal ferroviário, entre o porto e o Aeroporto Aluízio Alves.
O projeto
O projeto do Porto Potengi foi apresentado pela primeira vez em 2015 pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), liderado por Jean Paul Prates, que na época era presidente do Centro. Atualmente ele preside a Petrobras.
A estimativa inicial de investimentos para que o projeto saia do papel gira em torno de R$ 7 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões para construção do Terminal Portuário da Grande Natal; R$ 580 milhões para o corredor logístico, terceira ponte e parque ecológico; e R$ 2,8 bilhões para implantação do ramal ferroviário que abrangerá Natal, Assu, Macau, Mossoró, Jucurutu e Caicó.
A profundidade ideal do calado para receber navios carregados com granéis seria de 14,6 metros. A proposta também mostrou que a altura da ponte Newton Navarro, de 55 metros, não seria problema para as operações, já que a medida é suficiente para permitir a passagem de embarcações de grande porte, que têm altura máxima de 48,5 metros.