A pedra fundamental da usina termelétrica Portocem tinha sido lançada em dezembro do ano passado e a previsão era que o empreendimento começasse a operar em 2026Crédito: Divulgação
Região Nordeste
Construção de usina na ZPE do Ceará é cancelada
Projeto era liderado pela Ceiba Energy, num investimento de R$ 4,7 bi
Foi cancelada a obra da usina termelétrica Portocem que seria instalada na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), pela empresa Ceiba Energy, num investimento de R$ 4,7 bilhões. A pedra fundamental tinha sido lançada em dezembro do ano passado e a previsão era que o empreendimento começasse a operar em 2026.
A notícia de uma possível suspensão começou a circular no mercado em agosto do ano passado, após a Shell desistir de um pré-contrato que havia assinado em 2022 para ser o fornecedor de GNL da planta. O motivo da decisão não foi publicado devido a questões contratuais.
Depois, no dia 27 de dezembro do ano passado, a Ceiba Energy repassou o ativo para a New Fortress Energy (NFE) em troca de ações preferenciais conversíveis (operação de mercado).
“Seguindo as condições habituais de fechamento, incluindo a aprovação regulatória para a transferência do PPA (Portocem) no Brasil, o PPA contribuirá com pagamentos firmes de capacidade de US$ 280 milhões por ano durante a vigência do contrato de 15 anos”, diz um trecho da nota. A transação deve ser concluída em março deste ano.
Emílio Vicens, diretor presidente da Ceiba Energy, disse que “é um prazer” apoiar os esforços da NFE para expandir as suas atividades no Brasil, e que a transação permite que a Ceiba Energy continue desenvolvendo seu centro de importação de energia de GNL no Ceará.
Em nota, a administração da ZPE Ceará confirmou que a usina termelétrica Portocem não será mais instalada no local, mas que a Ceiba mantém o pré-contrato com a ZPE Ceará, “buscando outra configuração viável nos próximos leilões de energia”.
Termelétrica
Até então, a termelétrica teria capacidade de gerar 1.572 MW de energia e seria o segundo maior investimento privado no Ceará, gerando 1,7 mil empregos em sua fase de construção.
Já o gás natural seria recebido pela termelétrica através de uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU) que ficaria permanentemente atracada Porto do Pecém.