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Segundo o levantamento, a maioria das ocorrências envolveu líquidos inflamáveis, totalizando 640 casos

Região Sudeste

Crescem ocorrências com cargas perigosas em SP

6 de junho de 2022 às 12:35
Leopoldo Figueiredo Enviar e-mail para o Autor

O levantamento, feito em 2021 pela Associação Brasileira de Transporte e Logística (ABTLP),apontou a média mensal de 91  acidentes e incidentes

O transporte de produtos perigosos no estado de São Paulo registrou 1.095 ocorrências, entre acidentes e incidentes, em 2021, o que resulta em uma média de 91,25 por mês. O número aumentou em comparação ao ano anterior, que apresentou um total de 939 ocorrências, tendo a média de 78,25 por mês.Os dados foram apurados pela Associação Brasileira de Transporte e Logística (ABTLP).   

A ABTLP é uma instituição empresarial que integra a Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, da Secretaria de Logística e Transportes do Governo do Estado de São Paulo. 

Para este mapeamento, foram considerados como acidentes, as colisões, abalroamentos, capotamentos, avarias em tanques, válvulas ou linhas que provocaram (ou poderão provocar) vazamento do produto transportado, entre outros. Já os incidentes incluem ocorrências do tipo pane seca, avaria mecânica, pneu furado, quebra de para-brisa, etc.

Segundo o levantamento, os líquidos inflamáveis, compostos por produtos perigosos da Classe de Risco 3, são os que mais tiveram algum tipo de ocorrência, sendo 640 casos. De todos os eventos, 40% foram causados por avaria mecânica e 488 casos não tiveram, como consequência, nenhum tipo de contaminação ao meio ambiente, de acordo com a ABTLP.

O vice-presidente da ABTLP e coordenador da Subcomissão de Estudos da Região da Baixada Santista, Sérgio Sukadolnick, disse que o mapeamento é importante para implementar ações preventivas pontuais ao conhecer os locais de maior frequência de acidentes, tipo de veículos ou equipamentos envolvidos, além das causas e consequências. “As análises dos dados identificam possíveis ações de prevenção ou de mitigação dos efeitos de um acidente com produto perigoso. Agora, com os dados comparativos, será possível identificar se as regras e os procedimentos estabelecidos conferem melhorias na redução destes eventos”, afirmou Sukadolnick.

“Seguimos avançando e propondo ações com todos os envolvidos, sejam eles contratantes, embarcadores, transportadores, motoristas ou autoridades. Cito como principal demanda e desafio estabelecer procedimentos e alterações nas vias públicas para os sistemas de captação de águas pluviais inserindo tanques para retenção de produtos perigosos decorrentes de vazamento que invariavelmente atingem cursos d’água”, disse Sukadolnick.

A equipe da ABTLP é responsável pela compilação dos dados, pela apresentação dos gráficos e pela finalização do relatório. “Esse levantamento é importante para o setor e para as empresas porque tem o intuito de prevenir”, ressaltou o presidente da ABTLP, José Maria Gomes.

A Comissão de Estudos é composta ainda por representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Estadual, Defesa Civil, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), entre outras.

A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica aproximadamente 3 mil produtos como perigosos, cada um possui sua própria característica e afeta de forma diferente o meio ambiente.

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