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Custo logístico faz agricultores do MT pagarem mais por insumos e terem lucros menores
As deficiências logísticas enfrentadas na cadeia do agronegócio e a distância das zonas produtoras do Mato Grosso com os portos de exportação desses carregamentos, como o complexo marítimo de Santos (SP), fazem com que agricultores paguem mais por insumo e recebem menos ao vender sua produção. No caso do milho, a diferença pode chegar a 32%. Se for a soja, 16%. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com o Imea, no último dia 20, a saca do milho, em Mato Grosso, estava cotada a R$ 37,80. Em Santos, o preço era R$ 56,00. No caso da saca de soja, a diferença era de R$ 100 para R$ 119.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Beber, “esse dinheiro acaba se perdendo no meio do caminho, no frete, que custa mais caro, o caminhão está gastando mais óleo diesel, está trocando mais pneus. Esse recurso poderia ficar no local onde que é produzido, onde você teria maior desenvolvimento, principalmente nessas regiões mais periféricas”.