Regis Prunzel: “Temos que melhorar a infraestrutura interior, diminuir a burocracia para ganhar velocidade e buscar a continuidade” (BE News)
Portugal Export
Debatedores concordam que o agro brasileiro precisa vender mais
Barreiras e necessidade de expandir comércio pautaram as discussões do painel
“Quando chega o navio?” Essa é a pergunta que resta nas palavras do administrador da Portsines, Marcos Medeiros, resumindo o consenso do primeiro painel do Portugal Export, “Agronegócio brasileiro e a sinergia com Portugal”.
O presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Regis Prunzel, lembrou que o Brasil terá recorde histórico em 2023, produzindo 317 milhões de toneladas de grãos. “Mas temos que melhorar a infraestrutura interior, diminuir a burocracia para ganhar velocidade e buscar a continuidade”, afirmou.
Medeiros enfatizou a necessidade de aproximação com o mercado. “Precisamos conseguir conexões comerciais, uma agenda empresarial. Portugal mais exporta que importa do Brasil”, disse administrador da Portsines.
Para o coordenador-geral do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), Thiago Guilherme Péra, é necessário estimular o consumo de produtos para fomentar o comércio.
A vice-presidente da Zona Industrial e Logística de Sines, Isabel Cardoso, argumentou que não faz sentido o Brasil estar no topo entre os produtores de grãos e não vender mais para Portugal. “O que falta?”, questionou. “Fazem tratativas e quando chega na ‘hora H’ não há assinatura”, lembrou.
Ao término do debate, os participantes decidiram estabelecer uma agenda para avaliar as barreiras e apontar soluções para incrementar o comércio entre os dois países.