O recurso varia entre as bancadas dos estados, levando em conta a distância das capitais a Brasília – e pode chegar a R$ 51,4 mil mensais por deputado. Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados
Nacional
Deputados poderão ser reembolsados por bagagem despachada
Câmara autorizou parlamentares a usarem verba pública para pagar serviços não essenciais em voos, como internet a bordo
A Câmara dos Deputados alterou a cota parlamentar para passagens aéreas, que agora inclui serviços extras e não essenciais, como reembolso por bagagem despachada e internet a bordo ou em aeroportos.
A decisão foi tomada pela Mesa Diretora da Casa às vésperas do recesso do fim do ano. O texto, porém, só foi publicado na sexta-feira passada (10), como uma “retificação” do Diário da Câmara do dia 19 de dezembro.
A mudança, que já está em vigor, amplia possibilidades de uso da cota parlamentar – benefício mensal destinado aos deputados para custear despesas relacionadas ao exercício dos mandatos.
Na prática, os deputados vão poder comprar esses serviços adicionais usando a verba da Câmara, ou comprar com recursos próprios e pedir o ressarcimento integral em seguida.
O recurso varia entre as bancadas dos estados, levando em conta a distância das capitais a Brasília – e pode chegar a R$ 51,4 mil mensais por deputado. Ao justificar a medida, a Mesa afirmou que a mudança dá “continuidade ao processo de aperfeiçoamento da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar”.
Ao longo do último ano, os gastos com a cota parlamentar totalizaram cerca de R$ 227,7 milhões. Deste montante, as despesas com passagens aéreas somaram R$ 35,3 milhões, de acordo com dados da Câmara.
O recurso varia entre as bancadas dos estados, levando em conta a distância das capitais a Brasília – e pode chegar a R$ 51,4 mil mensais por deputado. Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados