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O secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, representou o ministro Alexandre Silveira no maior evento de energia eólica da América Latina. Foto: Divulgação/MME

Nacional

Desafios do setor eólico exigem abordagem integrada, afirma secretário do MME

Atualizado em: 23 de outubro de 2024 às 6:35
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Durante o Brazil Windpower, Thiago Barral aponta necessidade de enfrentar baixa demanda e corte de receitas com apoio de novas linhas de transmissão

O setor eólico desempenha um papel crucial na segurança energética e sustentabilidade da matriz elétrica brasileira, representando atualmente 16% da oferta de energia do país. Essa fonte renovável tem mostrado força com uma capacidade instalada de 33 gigawatts (GW), alcançando recordes com a instalação de 5 GW em apenas um ano. No entanto, apesar desse crescimento, o setor enfrenta desafios, como a desmobilização parcial de sua capacidade, devido à baixa demanda e à redução de receitas.

Durante o Brazil Windpower (BWP), o maior evento de energia eólica da América Latina, na terça-feira (22), em São Paulo, o secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, representando o ministro Alexandre Silveira, destacou a importância de enfrentar os desafios do setor de forma integrada. “Não existe uma solução única, mas precisamos enfrentar o problema de maneira integrada”, afirmou Barral.

Entre as iniciativas do Governo para mitigar os obstáculos enfrentados pela indústria eólica, Barral mencionou o trabalho conjunto com o Operador Nacional do Sistema (ONS) para aprimorar a gestão, aumentar a confiabilidade e otimizar o potencial dessa energia. Além disso, novas linhas de transmissão estão sendo implementadas para enfrentar os desafios de curto e médio/longo prazo.

O Brasil está em processo de eletrificação, com projeções de que a participação da eletricidade no fornecimento energético aumentará de 20% para 40% até 2050, conforme dados do MME. “Estamos vivendo um processo de eletrificação da indústria e um aumento no poder aquisitivo da população, que está consumindo cada vez mais eletricidade”, destacou Barral, apontando para um crescimento anual de 3,4% na demanda de energia elétrica nos próximos dez anos, segundo o Plano Decenal 2034.

Para apoiar essa transição, o Brasil investe ativamente na infraestrutura de transmissão, o que contribui para a redução de riscos nos investimentos em energias renováveis, sem gerar custos adicionais para os consumidores. Além disso, o ministro Alexandre Silveira propôs um leilão para a contratação de baterias, visando aumentar a flexibilidade do sistema elétrico e melhorar a confiabilidade e competitividade do setor, especialmente frente à variabilidade das fontes renováveis.

Barral encerrou sua fala reafirmando o compromisso do MME em regulamentar o marco da energia eólica offshore no Brasil, uma medida essencial para expandir ainda mais a capacidade do setor energético.

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