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Segundo Adalberto Tokarski, uma das obras mais urgentes para destravar o modal hidroviário que atende o Centro-Oeste é o derrocamento do Pedral de São LourençoCrédito: Reprodução/Brasil Export

Região Centro-Oeste

Desenvolvimento de hidrovias é um desafio para o Centro-Oeste

Atualizado em: 16 de agosto de 2023 às 11:08
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Tema foi debatido durante painel dedicado a corredores logísticos para a região

A necessidade de desenvolver hidrovias para o escoamento da produção da região Centro-Oeste do país foi um dos temas debatidos durante o painel “Desenvolvimento de corredores logísticos na região Centro-Oeste”, exposto na última terça-feira (8), no Fórum Centro-Oeste Export, realizado na cidade de Sorriso (MT).

O Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes é uma iniciativa do Grupo Brasil Export, com realização da Una Media Group, produção da Bossa Marketing e Eventos e mídia oficial do BE News.

Participaram da conversa Edeon Vaz Ferreira, presidente do Movimento Pró-Logística Mato Grosso e do Conselho do Centro-Oeste Export; Ellen Capistrano Martins, superintendente da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) e diretora da CNT (Confederação Nacional do Transporte); João Carlos Parkinson de Castro, ministro de carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores; e Adalberto Tokarski, consultor e ex-diretor-Geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A moderação foi feita pelo jornalista e diretor de redação do BE News, Leopoldo Figueiredo.

Tokarski destacou que, em relação às hidrovias, uma das obras mais urgentes para destravar o modal que atende o Centro-Oeste é o derrocamento do Pedral de São Lourenço, no Rio Tocantins, sudeste do Pará. A formação rochosa aflora em período de estiagem e impede a navegação no trecho.

A licença prévia concedida pelo Ibama para a obra foi suspensa pelo Ministério Público Federal (MPF) em março deste ano, após o órgão apontar irregularidades no projeto, como omissões e insuficiência de dados.

A remoção ou destruição das pedras viabilizaria a Hidrovia Araguaia-Tocantins, o que ampliaria oportunidades para o transporte de grãos e minérios pelo rio Tocantins até os portos de escoamento, destacou Adalberto Tokarski.

“Seria um eixo de transporte hidro-rodo-ferroviário que ligaria as regiões de Mato Grosso aos portos do Maranhão (Itaqui) e Pará (Barcarena), através do Rio Tocantins”, explicou.

O derrocamento do Pedral de Nova Avanhandava, em São Paulo, também foi citado por Adalberto, ao ressaltar que “Goiás precisa da hidrovia do Tietê (para escoar sua produção)”.

Neste caso, o contrato para a retomada da obra que visa aprofundar o trecho na Hidrovia Tietê-Paraná foi assinado em março deste ano pelo Governo de São Paulo, num investimento de R$ 300 milhões. A obra estava parada desde 2019.

Com previsão de serem concluídos em três anos, os trabalhos visam permitir o tráfego de embarcações mesmo em tempos de estiagem, o que não ocorre atualmente e prejudica o transporte de cargas pela hidrovia até o Porto de Santos (SP).

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TAGS centro-oeste Desenvolvimento de hidrovias Fórum Regional de Logística Grupo Brasil Export Infraestrutura e Transportes