O engenheiro Francisco Martins passa a contribuir com o grupo de trabalho nas áreas de portos e ferrovias. Crédito: Divulgação/Porto de Suape
Região Nordeste
Diretor-presidente de Suape integra grupo de transição do governo
Segundo Francisco Martins, a intenção é contribuir com o fortalecimento do setor portuário
O diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), Francisco Martins, é um dos novos integrantes do grupo de transição no setor da infraestrutura do novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023.
Com experiência na área portuária, o titular da autarquia pernambucana participou, na semana passada, de uma primeira reunião com técnicos da Secretaria Nacional de Portos, em Brasília.
Além da área de portos, Martins irá contribuir no setor de ferrovias porque já participou em outras ocasiões das discussões sobre a Transnordestina, além de ter colaborado com o marco ferroviário estadual que instituiu a Política Estadual de Transporte Ferroviário e o Sistema Ferroviário Estadual.
O convite para integrar os trabalhos de transição, que vão até o final do ano, partiu de Miriam Belchior, coordenadora do grupo e ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão de Dilma Rousseff. Ela foi designada por Lula para encabeçar este tema e subsidiar a próxima gestão federal em relação às carências e estratégias para a infraestrutura do país.
“Me sinto ao mesmo tempo honrado e muito motivado pela oportunidade de contribuir com a transição. Esse é um momento histórico para a democracia brasileira e muito esperado por todos”, disse Francisco.
O presidente do porto pernambucano disse que Suape tem papel estratégico no cenário logístico nacional, o que contribuiu para esse convite.
“Nos últimos anos discutimos com o Ministério da Infraestrutura não apenas assuntos de Suape, mas também a necessidade de estimular o setor portuário e as políticas que resultassem em seu fortalecimento, pois o modal marítimo e o ferroviário podem contribuir muito com a competitividade do país”, salientou Francisco.
TRANSNORDESTINA
Maior obra linear em execução no Brasil, a Transnordestina prevê a construção de 1.753km de ferrovias nos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, além da recuperação de 585 km do trecho que liga Cabo de Santo Agostinho (PE) a Porto Real do Colégio, em Alagoas. O trajeto conectará ainda os portos de Pecém (CE) e Suape (PE). A previsão de conclusão é estimada em três anos e meio. A obra começou em 2006.
A ferrovia terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas por ano, com destaque para granéis sólidos (minério e grãos). O objetivo é elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região Nordeste, com uma logística mais eficiente unindo a ferrovia de alto desempenho aos portos nordestinos, que possuem calado profundo e conseguem receber navios de grande porte.
As obras de construção da ferrovia são controladas pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Ao promover a integração, a Transnordestina se consolida como um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste e aproximar o Brasil dos principais mercados mundiais.