A Rota Bioceânica promete encurtar o transporte para o escoamento de produtos brasileiros ao mercado asiático, bem como as importações, a partir de portos do ChileCrédito: Divulgação
Região Centro-Oeste
Dnit define consórcio que fará acesso à Rota Bioceânica
Grupo formado por três empresas venceu licitação e irá executar o serviço por R$ 472 milhões
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) homologou o resultado da licitação que selecionou o consórcio PDC Fronteira para realizar as obras necessárias de conexão entre a BR-267 e o acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará o Brasil à Rota Bioceânica, em Porto Murtinho (MS). A decisão foi publicada na quinta-feira (16), no Diário Oficial da União.
O consórcio é formado pelas empresas Construtora Caiapó Ltda, de Goiânia; Paulitec Construções Ltda e DP Barros Pavimentação e Construção Ltda, e receberá R$ 472,4 milhões pela empreitada, que tem prazo de conclusão de pouco mais de dois anos (26 meses).
O edital foi lançado em setembro e recebeu propostas no mês de outubro, mas uma empresa desistiu do certame e o consórcio foi incitado a reduzir o preço inicial proposto, de R$ 590 milhões. Com o aceite, no início desta semana, o resultado foi homologado.
O grupo será responsável pela elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia e execução das obras, que consistem na criação de um contorno rodoviário de 13 quilômetros, à direita da cidade de Porto Murtinho até o ponto de acesso à cidade paraguaia de Carmelo Peralta, onde está em construção a ponte sobre o Rio Paraguai, com 40% dos trabalhos concluídos.
Além da pavimentação, será necessária a construção de um centro aduaneiro e um trabalho de terraplanagem, para um acesso elevado à ponte – sendo essas duas intervenções as que consumirão maior parte dos recursos – somando cerca de R$ 270 milhões. Para pavimentação, serão R$ 23,3 milhões.
O governo do estado do MS disse que a obra de acesso à ponte era aguardada “com ansiedade”, já que a estrutura sobre o Rio Paraguai segue avançando, aproximando a concretização da Rota Bioceânica.
Segundo informações do processo licitatório, o empreendimento já tem licença prévia e licença de instalação, concedidas pelo Imasul. Com a finalização do acesso e da ponte, consolida-se a ligação rodoviária entre o Brasil e o Chile, passando pelo Paraguai e Argentina, e tendo o Mato Grosso do Sul como ponto de passagem.
A megaestrada vai encurtar o transporte para o escoamento de produtos brasileiros ao mercado asiático, bem como as importações, a partir de portos chilenos.