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A dragagem e outras questões foram debatidas durante o painel “A navegabilidade dos rios Amazonas e Madeira – propostas para melhorias”Crédito: Antonio Pereira/Brasil Export

Norte Export

Dragagem, sinalização e preparo profissional são desafios nos rios Amazonas e Madeira

Atualizado em: 12 de abril de 2023 às 10:37
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Dificuldades operacionais nos rios foram debatidos em um dos painéis do Fórum Norte Export

A falta de dragagem, de sinalização adequada e de bons profissionais são os maiores desafios para a navegação dos rios Amazonas e Madeira, segundo o presidente da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (PROA), João Gilberto Coelho. Ele falou sobre o assunto durante o painel “A navegabilidade dos rios Amazonas e Madeira – propostas para melhorias”, dentro do Fórum Norte Export, no último dia 4, em Manaus (AM).

Participaram ainda José Fialho, superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários); Claudomiro Carvalho, presidente da ABANI (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior) e Ricardo Delfim, diretor comercial da Jan de Nul.

Coelho apontou que no rio Amazonas, no trecho entre Itacoatiara (AM) e Manaus, há dois pontos que são gargalos para a navegação quando o nível da água está baixo, o que ocorre entre os meses de setembro a novembro.

“A foz do rio Madeira e o Tabocão (TO), que já é próximo de Manaus, são os dois pontos do rio Amazonas que preocupam a gente porque restringem a navegação nesse período. Além disso, o rio é dinâmico e sofre alterações em todos os regimes de seca e cheia, apresentando mudanças anuais que precisam ser monitoradas”, disse.

Com o calado reduzido na época da seca, os navios não conseguem passar carregados em capacidade máxima de carga. Outro ponto que também é gargalo para a navegação da região, segundo Coelho, é a Barra Norte, conhecida por ser um trecho raso e lamoso, com cerca de 42,6 km de extensão na foz do rio Amazonas, que delimita o calado de todos os navios que passam pela Bacia Amazônica. Atualmente, o calado máximo ali é 11,5m.

Por isso, haveria necessidade de dragagem desses pontos, o que aumentaria a eficiência das operações pelos rios, bem como um monitoramento constante para pontuar as modificações no leito.

Ele também afirmou que é preciso melhorar a sinalização dos rios Amazonas e Madeira, e aumentar a oferta de cursos de qualificação profissional aos ribeirinhos.

 GESTÃO

Durante o painel, também foi abordada a necessidade de os rios terem uma autoridade responsável por regular os processos que envolvem o transporte de cargas e de passageiros, organizando o sistema dentro do conceito de hidrovia, com sinalização, prioridades, dragagem, entre outras medidas.

Neste sentido, José Fialho garantiu que a Antaq está trabalhando na criação de um modelo de gestão que prevê a concessão das vias navegáveis por meio de licitação.

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