A Rodovia dos Tamoios faz a ligação de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, com Caraguatatuba, no litoral norte de São PauloCrédito: Divulgação/Concessionária Tamoios
Região Sudeste
Duplicação da Tamoios pode servir de exemplo para nova ligação Planalto-Planície
Ex-presidente da concessionária que administra a rodovia detalhou a obra e quais fatores poderão ser reaproveitados
O ex-presidente da concessionária da Rodovia dos Tamoios, que faz a ligação de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, com Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, acredita que o projeto da nova pista dessa via servirá de exemplo para o futuro empreendimento da ligação Planalto-Baixada Santista.
Marcelo Stachow Machado da Silva, que hoje atua como assessor da presidência da Queiroz Galvão SA, participou de um dos painéis técnicos do workshop “Debate sobre uma nova ligação do planalto à Baixada Santista”, promovido pelo Instituto de Engenharia, realizado no auditório da Instituição, na Capital. Ele estava à frente da Concessionária Tamoios quando foi anunciado o projeto de duplicação da rodovia no trecho de serra.
Segundo ele, o projeto feito na Tamoios pode servir de base para o futuro projeto que poderá vir a ser adotado na nova ligação entre São Paulo e Litoral.
“O projeto da Tamoios é vitorioso e vai servir como exemplo dessa segunda subida. Ela trouxe diversos benefícios: diminuição das viagens, redução de acidentes e, o principal, sem afetar o meio ambiente. O meio ambiente é uma possibilidade de desenvolvimento e de crescimento de melhora, seja onde for implantada a nova rodovia”, disse.
Segundo Stachow, o que se projeta para a nova malha rodoviária é comparável à duplicação da Tamoios, principalmente no que se dispõe sobre a área da Serra do Mar, o trecho e o investimento que venha a ser ordenado e previsto, no formato de PPP (Parceria Público-Privada).
Representando os transportadores de carga, os caminhoneiros, o presidente do Sindisan (Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista), André Neiva, afirmou que a nova ligação seria disposta de um sistema em que todos os atores seriam beneficiados.
“Isso se aplica a uma série de vantagens. Você tira os caminhões dos centros urbanos, reduz a distância, ganha em sustentabilidade. E o que eu considero o mais importante: geração de empregos. Todos sairão satisfeitos. Os operadores logísticos, as autoridades e os próprios governos”, comentou.
Neiva reforçou o fato de que o Porto de Santos, o maior da América Latina, é dependente de apenas duas faixas de rodovia para escoar toda a sua carga. “É uma estrada antiga, do início da década de 1950, acanhada e, por muitas vezes, insegura”, finalizou, referindo-se à via Anchieta, no Sistema Anchieta-Imigrantes.