A ação republicana prevaleceu
O editorial da edição do BE News do dia 14 de junho abordou a disposição do Governo Federal e do estado de São Paulo de trabalharem em parceria em prol do túnel imerso Santos-Guarujá. Esse sentimento foi demonstrado pelas duas partes no dia anterior, durante a audiência promovida pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. E parece que um pequeno passo foi dado nessa terça-feira, dia 25, com a confirmação de que as obras do empreendimento serão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento, o novo PAC.
Isso porque o Governo Federal, conforme afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, irá adotar o modelo de PPP (Parceria Público-Privada) para viabilizar a obra, como defendia o Governo de São Paulo. Essa questão que envolve a captação de recursos era justamente o grande ponto de divergência entre os Executivos Federal e Estadual.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, deram várias declarações defendendo um formato de contratação feito pelo Governo Federal, que seria, segundo eles, mais ágil. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que lutou pela desestatização do Porto de Santos quando era ministro da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro, preferia o modelo PPP.
No dia 20 de junho, Tarcísio se reuniu com Rui Costa para sugerir a inclusão no PAC de algumas obras para São Paulo, entre elas, o túnel Santos-Guarujá. E foi nessa ocasião, na base do diálogo, que se chegou a um consenso sobre a adoção do PPP para essa obra.
A construção do túnel Santos-Guarujá trará inúmeros benefícios tanto para o Porto de Santos quanto para toda a região. Ao estabelecer uma ligação mais rápida e eficiente entre os dois municípios, o túnel terá um impacto significativo na redução do tempo de deslocamento e dos custos logísticos, tornando o escoamento de cargas mais eficaz e, assim, contribuindo para aumentar a competitividade do porto.
Além disso, o túnel também terá um papel importante na melhoria da qualidade de vida dos moradores locais, pois irá reduzir os congestionamentos e promover um fluxo de veículos mais fluido e ágil. Essa mudança no cenário de mobilidade urbana é essencial para o desenvolvimento sustentável da região e para proporcionar um ambiente mais favorável ao crescimento econômico.
Que essa parceria entre os governos Federal e Estadual se fortaleça durante o período de construção do túnel Santos-Guarujá e resulte na concretização de outros importantes projetos, como uma nova rodovia ligando a Grande São Paulo ao Porto de Santos. Essa via irá desempenhar um papel fundamental na otimização do transporte de cargas, promovendo uma ligação mais eficiente entre a capital paulista e o porto. Com aperfeiçoamentos nas condições rodoviárias, espera-se um significativo aumento na capacidade de escoamento da produção e uma redução nos custos logísticos, o que reforçará ainda mais o Porto de Santos como um destacado polo de comércio internacional.
A construção do túnel Santos-Guarujá e da nova rodovia entre a Grande São Paulo e o Porto de Santos são investimentos essenciais para impulsionar o desenvolvimento econômico e logístico, proporcionando benefícios não apenas para o setor portuário, mas para toda a sociedade.
E para viabilizar essas obras estratégicas, é imprescindível que a União e o Estado de São Paulo mantenham sua colaboração conjunta. Ou, como bem definiu o título daquele editorial, uma ação republicana.