A decisão de fixar a tarifa de serviços em Itaipu em US$ 16,71 por quilowatt pode, segundo a diretoria da usina, provocar queda de 1% na conta de energia dos brasileirosCrédito: Caio Coronel/Itaipu
Nacional
Em acordo entre Brasil e Paraguai, tarifa de serviços de Itaipu é fixada em US$ 16,71
Valor definido representa uma queda de 19,5% em relação ao que vinha sendo praticado em 2022
A tarifa de serviços da usina de Itaipu será de US$ 16,71 por quilowatt em 2023. O valor foi acertado entre o governo brasileiro e o governo do Paraguai ontem (17), na reunião do Conselho de Administração da usina.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o valor definido representa uma baixa de 19,5% em relação ao que vinha sendo praticado em 2022, que era de US$ 20,75.
Para o diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, a decisão pode representar a queda de 1% na conta de energia dos brasileiros.
“A Itaipu representa 8,4% da produção de energia elétrica no Brasil. Portanto, se Itaipu tem redução de 20% na energia, haveria redução de 1%”, explicou.
No ano passado, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro fixou a tarifa em US$ 12,67 por quilowatt sem acordo com o Paraguai. Segundo Enio Verri, esse valor foi praticado apenas por duas distribuidoras, gerando um déficit de cerca de US$ 150 milhões.
“O que o Bolsonaro fez, ao definir essa tarifa de US$ 12,67 de forma unilateral, foi criar um deficit para Itaipu junto à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, que em alguns setores praticou esses valores e agora terão que ser cobertos por Itaipu”, criticou.
A mudança precisa ser aprovada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A discussão faz parte do valor do Custo Unitário do Serviço de Eletricidade (CUSE), item indispensável para composição da tarifa.