Perito em cibersegurança disse que não existe um perfil mundial de referência para o setor, sendo necessário ampliar a conscientização sobre o tema, com mais empresas envolvidas (Foto: Divulgação)
Inovação
Em live, ATP discute segurança cibernética no setor portuário
Iniciativa está alinhada com as ações da instituição e com o guia de boas práticas da segurança portuária e aduaneira
A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) promoveu, nesta quarta-feira (17), um debate sobre a importância da segurança cibernética no setor aquaviário.
A live foi organizada pelo Comitê de Segurança da instituição. Carlos Albuquerque, especialista em Proteção Digital de Negócios, destacou os diversos fatores que podem comprometer os controles das autoridades portuárias. “Deficiências cibernéticas existem: atualizações que surgem, implantação de multifatores e tecnologia operacional conectada à rede que tem sido alvo frequente dos hackers”, detalhou.
Albuquerque frisou que não existe um perfil mundial de referência para o setor, sendo necessário ampliar a conscientização sobre o tema, com mais empresas envolvidas em entender os impactos que podem afetar os empreendimentos portuários. Ele mencionou que uma boa análise sistêmica pode gerar abordagens eficazes para o gerenciamento de risco, com foco nas operações de portos e navios.
“Sistemas econômicos são complexos, e as avaliações de risco devem ser baseadas nos contextos operacionais de cada regulação estratégica. É importante entender o perfil financeiro, a exposição e a atividade econômica de cada porto”, afirmou Albuquerque.
Em 2023, foi criada a Resolução CONARQ nº 53, que define os requisitos mínimos de preservação digital para websites e mídias sociais a serem adotados pelos integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar).
O perito em cibersegurança explicou que não existe um estereótipo para hackers e que o potencial de ameaças está em todo lugar. Além das perdas financeiras, ataques cibernéticos podem causar interrupções na cadeia de suprimentos, dado que o transporte marítimo é responsável por 90% da carga no mundo.
“Esse tipo de ataque pode ter um efeito significativo na economia global, impactando indústrias e meios de subsistência. Os impactos incluem perda de dados e de disponibilidade, paralisação das operações, danos à vida e ao meio ambiente, além da quebra de privacidade e confidencialidade nas operações das empresas”, disse Albuquerque.
Segundo a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), a iniciativa está alinhada com as ações da instituição e com o guia de boas práticas da segurança portuária e aduaneira.