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Para realizar a operação, o Porto Ponta do Félix possui a liberação, emitida pelo Governo Federal, para operar mercadorias em tráfego de cabotagem (Foto: Divulgação/Porto Ponta do Félix)

Região Sul

Em operação inédita, Porto Ponta do Félix transporta trigo por cabotagem

21 de fevereiro de 2023 às 8:48
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Foram embarcadas 15 mil toneladas do cereal com destino ao Ceará

O Porto Ponta do Félix, no litoral do Paraná, concluiu sua primeira navegação por cabotagem para o transporte do trigo, uma operação inédita no terminal. Segundo a empresa, foram embarcadas 15 mil toneladas do cereal, que teve como destino os moinhos do Ceará.

Segundo Gilberto Birkhan, presidente do Porto Ponta do Félix, a operação inédita abre espaço para o aumento na movimentação de grãos e cereais pelo terminal.

“A navegação de cabotagem ainda é pouco explorada no Brasil, e é uma forma de movimentar as riquezas produzidas pelo agronegócio pelo transporte marítimo. Esta é uma ótima opção quando a distância entre a origem e o destino ultrapassa 1.500 quilômetros”, explicou.

De acordo com a empresa, até o ano passado, a modalidade era realizada apenas por navios de bandeira brasileira. A Lei da Cabotagem derrubou esta exigência e liberou progressivamente o uso de navios estrangeiros no país. “As novas regras devem estimular a navegação na costa brasileira, elevando a oferta de embarcações e reduzindo os custos do setor”, destaca Birkhan.

Para realizar a operação, o Porto Ponta do Félix possui a liberação, emitida pelo Governo Federal, para operar mercadorias em tráfego de cabotagem.

Neste ano, o Porto Ponta do Félix prevê aumentar em 65% a movimentação de cargas.  O terminal é multipropósito, com capacidade para movimentar e armazenar diferentes tipos de cargas, como fertilizantes, açúcar ensacado,  sal, malte, trigo, pellet de madeira e alimentos.

 

Investimentos

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix contará também com novos armazéns, que vão possibilitar o aumento em 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas.

“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos também no cronograma das operações, por exemplo,  além da cabotagem de trigo, a importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, comentou o presidente.

No início de 2023, o porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

“Primamos pela segurança e, com relação às embarcações, não pode ser diferente. As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, por seguir rigorosamente os padrões de instalações portuárias seguras a nível mundial”, finaliza Birkhan.

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