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Lula posa para fotos com funcionários da fábrica da JBS: o presidente acredita que se a qualidade dos insumos brasileiros continuar boa, haverá um aumento no comércio exterior. Crédito: Ricardo Stuckert/PR

Comércio exterior

Embarque de carne marca habilitação de unidades para exportar à China

13 de abril de 2024 às 8:07
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Presidente Lula acompanhou o despacho da proteína da fábrica da JBS, em Mato Grosso do Sul

Foi realizado na sexta-feira, dia 12, em Campo Grande (MS) o primeiro embarque de carne para a China após a autorização de 38 novas unidades habilitadas para exportar ao país asiático no mês passado. O despacho da proteína contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Os produtos serão exportados por meio dos portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná. O envio das mercadorias partiu da fábrica da empresa do setor de alimentos JBS, em Mato Grosso do Sul.

A China vem se destacando como o maior parceiro comercial para a proteína animal do Brasil. Em 2023, o país asiático importou 8,8 milhões de toneladas de carne, totalizando mais de US$23,5 bilhões em relações comerciais.

No seu discurso, Lula incentivou os produtores nacionais, afirmando que se a qualidade dos insumos brasileiros continuar boa, haverá um aumento no comércio exterior.

“É importante lembrar que a China antes também era muito pobre e só comprava carne de terceira, não comprava carne boa. Mas a carne que eles estão comprando agora é carne de qualidade, é aquela que a gente quer comer, aquela que a gente gosta”, declarou Lula.

No dia 12 de março, um total de 24 novas plantas de processamento de bovinos, 8 de frangos, um estabelecimento de termoprocessamento de bovinos e 5 entrepostos foram autorizados. Segundo o governo, as novas habilitações vão impulsionar a balança comercial brasileira em aproximadamente R$10 bilhões nos próximos 12 meses.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou que vem trabalhando para restabelecer as boas relações diplomáticas e garantir melhores condições ao setor do agronegócio frente às incertezas decorrentes do clima, seca histórica e preços de commodities em baixa. Fávaro também mencionou que as novas habilitações têm uma função social.

“Essa habilitação gera oportunidades de riqueza para empresas, mas também para a população. Hoje, aqui, temos 2.300 colaboradores e com essa habilitação vamos para 4.600. É riqueza, emprego e felicidade na vida das pessoas”, afirmou Fávaro.

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal e representante das Indústrias Exportadoras de Carnes, explicou que uma única planta de aves pode gerar um aumento de US$35 milhões nas exportações anuais, enquanto uma planta de bovinos pode contribuir com US$150 mil. “Esse dinheiro, criado lá no exterior e trocado por um pedaço de carne, vai se distribuir por toda a cadeia, para o borracheiro, para o transportador, colaborador, produtor, para todos”, disse.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, relembrou que há 30 anos o Brasil importava mais do que exportava. Tebet enfatizou novos projetos, como as cinco rotas de integração, sendo uma destinada a facilitar o deslocamento de cargas para o mercado asiático.

“Essa pauta significa mais exportação, esse evento significa abrir o mercado brasileiro para o mundo. Para isso, nós precisamos de logística, estradas, ferrovias, portos, aeroportos e cabotagem que já estão sendo criados com o Novo PAC (Programa de Aceleração e Crescimento)”, afirmou Tebet.

Também participaram do evento o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, e o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Novos mercados

A nova autorização fez com que o número de plantas brasileiras habilitadas para exportar em novos mercados passasse de 106 para 144, abrangendo mais de 50 países.

Nos dias 5 e 6 de junho, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, estará em Pequim com o objetivo de fortalecer as relações comerciais com a China e explorar novas oportunidades no país.

 

 

 

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