IBL World inaugurou o sistema rodofluvial, que corresponde a cabotagem nacional fracionada e a cabotagem internacional (Foto: Divulgação)
Região Nordeste
Empresa fraciona cargas e cria rotas para contornar eventos climáticos
A ideia é aproveitar os portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará, além de rotas utilizando balsas e rodovias para manter o fluxo contínuo de mercadorias
A empresa privada IBL World inaugurou três serviços de cabotagem que podem ser replicados por outras empresas de logística para driblar a seca e os conflitos internacionais que afetam a região Norte do País. Tratam-se do sistema rodofluvial, a cabotagem nacional fracionada e a cabotagem internacional. Todos já estão em vigor.
A ideia é aproveitar os portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará, além de rotas utilizando balsas e rodovias para manter o fluxo contínuo de mercadorias que são exportadas e importadas pela região Norte brasileira.
“Nós estamos atentos ao cenário internacional, principalmente por conta dos conflitos que têm persistido e aumentado a instabilidade do mercado. Por isso é importante para nós voltarmos nossos olhos para outras possibilidades que podem ser abordadas tanto interna, quanto externamente”, explica o diretor internacional da IBL World, Fernando Balbino.
No caso das rotas rodofluviais, parte do percurso é feito pelo ramal rodoviário e a outra parte por meio fluvial, utilizando balsas. Já no caso da cabotagem nacional fracionada, a mercadoria é coletada no Estado de Santa Catarina e segue até o Porto de Suape pelo mar. Lá, é feito o descarregamento do navio e a mercadoria segue seu fluxo através da central de distribuição da empresa.
Em relação às remessas internacionais, para evitar a perda de competitividade e os benefícios fiscais da zona franca de Manaus, o diretor explica que são feitas viagens de balsas. “Durante o período de seca os navios não conseguem atracar no porto de Manaus, com isso os containers são direcionados para outros portos como Suapé e Pecém. Para esses containers de importação chegarem até Manaus, é necessário que o envio seja via balsas. No serviço internacional isso ocorre justamente para os importadores não perderem os benefícios fiscais da zona franca de Manaus”, afirma.
O cenário também é adotado, diz ele, antecipando-se às adversidades climáticas previstas para a segunda quinzena de agosto até dezembro.
Com projeções otimistas para o segundo semestre de 2024, a IBL World está investindo em novos sistemas, ampliação de rotas e aprimoramento dos processos logísticos para atender às demandas crescentes do mercado. Serão investidos R$ 1 milhão em em contratação de equipe, aquisições de veículos, sistemas e adaptações necessárias para as operações. A empresa possui cinco bases operacionais que atendem mais de 190 países, atualmente.