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O modelo de operação seria o “transshipment”, quando a mercadoria de um barco menor vai para um navio maior, em alto mar e é amplamente em portos como o de Santos e de Santarém no Pará. Foto: Divulgação/Ascom PI

Região Nordeste

Empresa estuda exportar minério de ferro pelo Porto de Luís Correia

Atualizado em: 22 de julho de 2024 às 15:09
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Segundo governo do Piauí, primeira operação pode ocorrer ainda em 2024

O Governo do Piauí anunciou que está em discussões com a mineradora Lion Mining, localizada em Piripiri (PI), e a empresa asiática Rocktree Logistics, para viabilizar a primeira operação de minério de ferro via “transshipment” no Porto de Luís Correia – o que pode ocorrer ainda em 2024. As informações foram divulgadas no último dia 10.

O modelo de operação “transshipment” é bastante utilizado no Brasil em portos como o de Santos (SP) e de Santarém, no Pará. Na prática, a operação consiste em transferir a mercadoria de um barco menor para um navio maior, em alto mar.

Em março deste ano, em missão internacional em Singapura, a Investe Piauí e a Rocktree Logistics assinaram um memorando de entendimento (MoU) com objetivo de ampliar a discussão que visa realizar a transferência de cargas em alto mar no Piauí. Esse trabalho possibilitaria que, mesmo em um porto com um calado menor, as operações aconteçam e sejam mais rápidas.

Simultaneamente, a CIA Porto Piauí (ou Porto de Luís Correia) tem realizado reuniões e visitas à mineradora de Piripiri em planejamento para as primeiras operações via porto. A presidente da companhia, Maria Cristina Araújo, aponta que a operação já é viável, mas depende de questões burocráticas para que ocorra.

“Toda operação portuária não demanda apenas do nosso interesse, mas também de autorizações de órgãos parceiros e fiscalizadores, como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Marinha do Brasil, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Receita Federal e afins. Temos tratativas diárias com todos para que essa operação teste possa acontecer em breve”, explicou Maria Cristina.

Ainda segundo a presidente do Porto Piauí, a operação teste “transshipment” teria duração de seis meses e, ao longo desse período, ajustes seriam feitos a partir das recomendações dos órgãos fiscalizadores. “Seria um período para implementar e melhorar a operação. Dessa forma, quando tivermos todas as licenças definitivas, todos esses ajustes já teriam sido feitos e estaremos de acordo com as autoridades portuárias”, ressaltou.

O diretor-geral da Lion Mining, Jader Fernandes, destacou a importância do Porto Piauí e da viabilização da operação de transshipment para a empresa e para o desenvolvimento do estado. “Esse porto representa muito para nós e para o Piauí. Ainda temos muitas cargas sendo escoadas por meio de portos vizinhos, o que gera mais custos aos produtores. Sendo assim, fica mais difícil empreender, crescer e contratar funcionários. O transshipment é algo que desejamos muito, pois viabilizaria mais operações, mercados, fretes mais baratos e uma maior margem de lucro. Sem dúvida, o nosso porto impactará em uma grande mudança socioeconômica no estado”, concluiu.

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