Ministro Márcio França se reuniu com equipe da Abear, liderada por Eduardo Sanovicz, ontem (crédito: Vosmar Rosa/Divulgação MPA)
Aeroportos
Empresas aéreas e ministro debatem planos de desenvolvimento do setor
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) debateram a agenda do setor aéreo. Entre os principais pontos destacados pela entidade, está o aumento dos combustíveis de aviação. A reunião ocorreu na sede do Ministério, em Brasília, com a participação do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Juliano Noman, e o diretor de Relações Externas da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), Marcelo Pedroso.
No encontro, Sanovicz debateu principalmente o impacto da alta do preço do combustível de aviação, produto que responde por 40% dos custos das empresas e chegou a aumentar 121% desde 2019. Também foi tratado do papel estratégico da aviação regional no desenvolvimento do setor.
O presidente da Abear afirmou que “o ministro Márcio França terá todo o nosso apoio para a condução das políticas públicas para o setor aéreo. Ao apresentar os temas mais relevantes para as companhias aéreas, levamos ao governo informações para demonstrar o difícil cenário após a pandemia e a agenda que precisamos enfrentar para voltar a crescer, retomar as condições de custos mais baixos e poder de compra da população e das empresas que já vivemos no início da década passada, para um aumento expressivo de passageiros a bordo”.
Na reunião, também participaram, pela Abear, a diretora de Relações Institucionais, Jurema Monteiro, o assessor de Relações Institucionais, Renato Rabelo, e a gerente de Comunicação, Karen Bonfim.
Planejamento
Em entrevista ao BE News, Eduardo Sanovicz destacou que o desenvolvimento da aviação nacional passa por quatro eixos. O primeiro deles é a expansão dos voos regionais, uma meta já assumida pelo próprio ministro Márcio França. O segundo é uma política sobre os preços do querosene de aviação. Há ainda a necessidade de se rever o modelo tributário do setor e, por fim, a adoção de ações de sustentabilidade, com destaque para o incentivo à utilização do bioquerosene de aviação, que, em médio prazo, com a ampliação de seu consumo e consequente diminuição de seu custo de produção, pode reduzir o impacto dos preços dos combustíveis no setor.
“Estas são as quatro ações que consideramos as mais estratégicas para o crescimento do setor. Já chegamos a 104 milhões de passageiros por ano e hoje, após a pandemia, voltamos ao patamar de 80 milhões por ano. Temos mais para crescer, mas, para isso, temos de rever custos e entraves para nossas operações”, explicou Sanovicz.