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O painel teve a participação de executivos das empresas BTP, DP World, Santos Brasil e WEG, com moderação do presidente do Conselho ESG do Brasil Export, João Amaral (Foto: Fernanda Luz/Grupo Brasil Export)

Santos Export

Empresas apresentam iniciativas para descarbonizar o setor portuário

Atualizado em: 24 de abril de 2024 às 10:11
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Todas elas prometeram investimentos para reduzir a emissão de carbono durante painel do Sustenta Export

Representantes dos principais portos e grupos logísticos do Brasil compartilharam suas metas e iniciativas para aderir à economia sustentável durante o segundo painel do Sustenta Export – fórum nacional de Transição Energética no Setor de Infraestrutura. O evento fez parte da programação do Santos Export, encerrado na terça-feira, dia 23.

O debate foi conduzido pelo presidente do Conselho ESG do Brasil Export, João Amaral, que questionou os empresários sobre seus projetos para adaptar as operações dos terminais portuários à proposta de transição energética.

O diretor de Operações Portuárias da Santos Brasil, Bruno Stupello, anunciou que, com a prorrogação do contrato de arrendamento pelo Governo Federal no Porto de Santos até 2047, a empresa investirá mais de R$ 2,7 bilhões em sua expansão. A meta é neutralizar as emissões de carbono até 2040 implementando tecnologias mais limpas, como a substituição gradual dos transtêineres (guindastes que fazem o movimento do contêiner do caminhão para a pilha no pátio do porto) por modelos elétricos.

“Cada RTG (transtêiner) a diesel, em uma operação mensal, emite aproximadamente 20 toneladas de carbono. Estamos planejando substituir gradualmente todo o nosso parque de RTG por versões elétricas, o que resultará em uma redução de quase 800 toneladas de carbono por mês”, disse Stupello.

O diretor de Operações da Brasil Terminal Portuário (BTP), Ricardo Trotti, estima que a empresa seja 100% neutra em carbono até 2032. Com um investimento de 2 bilhões para adquirir novos equipamentos, incluindo 2 STS (guindastes utilizados em portos para descarga ou embarque de contêineres), 57 RTGs e máquinas para tornar as operações nos terminais totalmente elétricas, o executivo acredita que os projetos podem ajudar a resolver os gargalos no Porto de Santos.

“Tudo nos leva a crer que a capacidade atualmente deficiente do Porto de Santos será significativamente melhorada com a introdução desses novos equipamentos e o investimento em energia e eletrificação”, afirmou Trotti.

Wilson Lozano, diretor geral de Operações da DP World Brasil, destacou que o objetivo é alcançar 100% de redução nas emissões de carbono até 2050. “Um equipamento elétrico vai menos para a manutenção, é mais produtivo e aumenta sua eficiência operacional. Isso é olhar a sustentabilidade junto com aspectos empresariais”, declarou.

Por fim, Cláudio Navarrete Filho, coordenador de vendas da WEG, explicou que a empresa já se concentra em fornecer produtos eficientes que utilizem energia de forma otimizada, incluindo soluções como energia solar.

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