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A norueguesa Equinor (de energia) e o Senai Cimatec (de formação em tecnologia) assinaram um acordo de cooperação para produzir biocombustíveis utilizando o cultivo de oleaginosas
Sustentabilidade
Equinor e Senai firmam parceria para produção de biocombustíveis
O projeto, batizado de SAFE, visa desenvolver sistemas agroflorestais sustentáveis
A norueguesa Equinor (de energia) e o Senai Cimatec/BA (formação em tecnologia) assinaram um acordo de cooperação para produzir biocombustíveis utilizando o cultivo de oleaginosas. O projeto, batizado de SAFE (Agroflorestas Sustentáveis para Energia), visa desenvolver sistemas agroflorestais sustentáveis, com foco na bioenergia e no sequestro de carbono, a partir da restauração de ecossistemas degradados.
O projeto será implementado em Camaçari, na Bahia, no Senai Cimatec Park, onde será criado um campo experimental com as plantações. Embora o cronograma do projeto tenha previsão de 42 meses, a infraestrutura poderá ser utilizada para futuros testes e análises.
Com um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões, o projeto conta com recursos da Equinor, por meio da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A ideia é restaurar ecossistemas da Mata Atlântica e, ao mesmo tempo, produzir biocombustíveis a partir das oleaginosas, que poderão ser utilizados no setor marítimo e de aviação.
Segundo a Equinor, este modelo de cultivo traz vantagens para o solo, aumenta a biodiversidade e impulsiona a produção agrícola, além de contribuir para o sequestro de carbono, ajudando a reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
O Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Equinor no Brasil, Andrea Achoa, destacou a importância do biocombustível para a descarbonização de setores como o marítimo. “Enxergamos na cultura sustentável de oleaginosas uma alternativa viável para reduzir as emissões das nossas operações”, afirma.
O Diretor-geral do Senai Cimatec, Leone Andrade, ressaltou que o projeto SAFE é “um marco no combate às mudanças climáticas, por integrar sistemas agroflorestais e tecnologias avançadas, como aprendizado de máquina e sensoriamento remoto”. Ele enfatizou, ainda, o alinhamento do projeto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que buscam gerar benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Além da produção de biocombustíveis, o projeto gerará um protocolo para implementação, manejo e monitoramento do sistema agroflorestal na Mata Atlântica, que incluirá um relatório sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais. Também será desenvolvido um modelo integrado para a quantificação de carbono, análise de ciclo de vida e avaliação de parâmetros bioenergéticos e econômicos, utilizando inteligência artificial, multi-sensores e análises laboratoriais.