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Santiago Álvarez debateu o mercado de gás natural com a comitiva do Brasil Export (Leopoldo Figueiredo)

Missão Espanha 2022

Espanha quer liderar distribuição de gás natural na Europa

22 de novembro de 2022 às 15:23
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Infraestrutura espanhola para conexão de gás aos países europeus é vista com potencial em meio à guerra na Ucrânia

A Espanha quer ser o centro de distribuição de gás natural da Europa, afirmou Santiago Álvarez, diretor-geral da empresa Saggas, durante apresentação nesta terça-feira (22) à comitiva do Brasil Export, em Sagunto.

Álvarez explicou que a ambição espanhola surge em meio à determinação da União Europeia de abdicar do gás russo até 2030, devido à invasão ao território ucraniano.

“Temos a possibilidade de ter muitos provedores de gás. Temos a maior (infraestrutura) para isso da Europa, ficando atrás somente de Coreia do Sul, Japão e China”, afirmou Álvarez.

A guerra na Ucrânia trouxe um problema energético para toda a Europa. Países como a República Tcheca dependem de 90% do gás russo. Já nações de maior poder econômico como Alemanha (46%) e Itália (40%) têm grandes dependências e buscam alternativas. Entre os principais casos, o da Espanha é menos trágico, com o país dependendo de cerca de 10% do gás vindo da Rússia.

Com o estouro do conflito armado no leste europeu, os preços de gás dispararam. Santiago Álvarez, da Saggas, disse que eles já haviam aumentado um pouco antes da guerra, mas com a oferta menor e a demanda ainda robusta, os valores passaram a ser cada vez maiores.

Desde 2021, a Espanha recebe gás de 16 países, sendo os principais Argélia e EUA. A principal conexão de gás natural vem do país africano, enquanto o gás natural liquefeito (GNL) é negociado em maior parte com os americanos.

A Saggas é uma companhia de gás espanhola, que possui uma central de regaseificação em Sagunto e é proprietária de um pequeno gasoduto.

Conforme declarado por Álvarez durante a palestra desta terça, a empresa tem instalações-chave que contribuem com a infraestrutura espanhola, ficando próxima de países produtores da África e do Oriente Médio e de países compradores do Velho Continente.

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