Esteira do Porto de Paranaguá é interditada por risco de explosão

Segundo Ministério do Trabalho, equipamento apresentou poeira acumulada durante fiscalização

Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) interditaram uma das esteiras aéreas que faz o transporte de grãos para navios atracados no corredor leste de exportação do Porto de Paranaguá (PR). A Portos do Paraná informou que a interdição de uma esteira não afeta a movimentação de cargas do complexo portuário.

A medida se fez necessária por problemas de manutenção na estrutura, principalmente pelo acúmulo exagerado de poeira, o que poderia ocasionar uma explosão.

Auditores-fiscais do Ministério, vinculados à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), realizaram a operação de fiscalização dentro do complexo portuário nos dias 2 e 3 de abril. Segundo a Secretaria, a ação ocorreu para apurar denúncias de irregularidades em algumas áreas, que incluíam riscos à segurança e à saúde.

De acordo com Diego Alfaro, coordenador do Projeto Portuário da Secretaria da Inspeção do Trabalho no Paraná, logo num primeiro momento foram identificados diversos problemas.

Ainda segundo o auditor, foram encontradas instalações elétricas em estado precário de conservação, com pouca manutenção, no mesmo local onde são descarregadas diversas toneladas de grãos.

“O excesso de poeira de grãos em suspensão, concentradas no ar e no chão, pode ser tornar um combustível quando aliado ao oxigênio e uma fonte de ignição”, disse a SIT, em comunicado.

Incêndio

No dia 23 de fevereiro, um incêndio atingiu uma das esteiras do berço 214 do corredor leste de exportação do Porto de Paranaguá.

Segundo a Portos do Paraná, todos os berços que operam o corredor de exportação voltaram a operar dez dias depois do registro do incêndio.

A esteira é um equipamento que faz o transporte principalmente de grãos para o embarque e desembarque do produto dos navios atracados no complexo portuário.

Resposta

Em nota, a Portos do Paraná, Autoridade Portuária responsável pelo complexo, informou que o berço 214 segue operando normalmente e acrescentou que a interdição não afeta a movimentação de cargas do porto.

“O particulado encontrado no local é inerente à atividade do porto, ou seja, a movimentação de cargas a granel. Constantemente as associações responsáveis pelos locais promovem a limpeza, o que já aconteceu com o local apontado na fiscalização”, disse.

A Autoridade Portuária enviou ao BE News algumas imagens referentes à esteira. Segundo a Portos do Paraná, os equipamentos já se encontram higienizados.