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As exportações endereçadas ao Canadá cresceram 15% no período que vai de janeiro a setembro deste ano. Crédito: Divulgação/APPA

Nacional

Estudo mostra que 2022 foi histórico no comércio entre Brasil e Canadá

14 de novembro de 2022 às 9:15
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Destaque foi o salto na importação de fertilizantes, impulsionada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia 

Um estudo feito pela Quick Trade Facts em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), mostrou que o ano de 2022 representa um marco histórico nas relações comerciais entre o Brasil e o Canadá. Além da concretização de novos negócios, o avanço foi estimulado pelo salto de 76% na importação de fertilizantes pelo Brasil, impulsionada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Entre janeiro e setembro deste ano, a corrente de comércio – que representa a soma das importações e exportações – totalizou US$ 8,223 bilhões (novo recorde histórico), superando os US$ 7,497 bilhões alcançados no ano passado. O montante registrado em nove meses representa um avanço de 62,5%, se comparado ao mesmo período de 2021.  

Ainda considerando o período atual, o Canadá se manteve na 13ª posição em relação ao destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o país norte-americano avançou da 10ª posição para o 8º lugar.

“Em toda a história comercial entre Brasil e Canadá, nunca se viu uma relação tão profunda como a atual. O Canadá, que já representa o maior destino internacional dos estudantes brasileiros, está agora na mira das empresas que não apenas querem se internacionalizar, como também expandir os negócios e criar bases de operações na América do Norte”, avaliou Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da CCBC.

IMPORTAÇÕES

O Brasil comprou mais do Canadá de janeiro a setembro deste ano, totalizando US$ 4,278 bilhões, um acréscimo de 164% ante 2021, que somou US$ 1,620 bilhão em igual período.

Os produtos mais adquiridos pelo Brasil fazem parte da indústria química, com alta de 317%, totalizando US$ 3,2 bilhões.  

Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, representaram 6,3% do total importado, e US$ 271 milhões. 

O Brasil também comprou aeronaves e outros equipamentos, com transações em US$ 152 milhões, e 3,5% da soma geral de importações.

EXPORTAÇÕES 

Quanto às operações de embarque, foi registrado um crescimento de 15% no período e receita de US$ 3,944 bilhões. 

Os destaques nas exportações brasileiras vão para o ouro, com 31% do total exportado; alumina (óxido de alumínio), com 29% do total; e açúcares e melaços (8,9%).

 

 

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