Em novembro, será apresentada a versão final do estudo de viabilidade do hub de Hidrogênio Verde em Cubatão, que está sendo feito pela consultoria Pieracciani. Divulgação/ Agência Petrobras
Região Sudeste
Estudo prevê hub de hidrogênio verde em Cubatão
Levantamento está sendo feito em parceria entre o Ministério de Energia e a Giz
Cubatão, no litoral paulista, pode se tornar um hub de hidrogênio verde (H2V) – e seria a primeira cidade fora da região Nordeste a ter um espaço dedicado à produção de combustível limpo. A ideia está presente no projeto H2Brasil, fruto de uma parceria entre a Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ) e o Ministério de Minas e Energia brasileiro.
Em novembro, será apresentada a versão final do estudo de viabilidade do hub de Hidrogênio Verde em Cubatão, que está sendo feito pela consultoria Pieracciani.
Em busca de soluções sustentáveis para mitigar os impactos socioambientais da produção energética, o H2V se destaca como uma das principais apostas globais para a descarbonização da matriz energética. No Brasil, o Porto do Pecém, no Ceará, é um dos polos em desenvolvimento.
Reconhecendo a importância desse novo vetor energético, o programa, segundo o Governo, visa fomentar o desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no país, fortalecendo o ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
Para discutir a ideia, o projeto H2Brasil realizou neste mês o primeiro workshop com representantes das principais indústrias instaladas em Cubatão, discutindo oportunidades de inovação e sinergia para a instalação de um hub focado no hidrogênio verde para a descarbonização da indústria local.
No segundo dia da imersão, o evento promoveu mesas de Matchmaking, nas quais startups tiveram a oportunidade de apresentar suas inovações para empresas âncoras, investidores e outros atores do setor. Esta interação resultou na assinatura de 15 cartas de interesse para parcerias futuras, demonstrando o potencial de mercado do hidrogênio verde e o interesse crescente na adoção dessa tecnologia.
Produzido por meio da eletrólise da água, utilizando fontes renováveis, o hidrogênio verde tem o potencial de ser gerado sem emissões de dióxido de carbono (CO₂), posicionando-se como uma solução crucial para cumprir as metas do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a até 2°C até 2030.
Necessidade
A demanda por hidrogênio (H2) cresceu mais de 300% nos últimos 50 anos e atualmente ultrapassa a marca dos 70 milhões de toneladas com uma demanda majoritariamente oriunda do refino e da produção da amônia, segundo dados do Ministério de Minas e Energia.
Estudos recentes mostram que no Brasil, aproximadamente, 95% da demanda por H2 é atendida por uma única empresa autoprodutora, com aplicações em atividades de refino de derivados de petróleo, assim como produção de fertilizantes.