Nos quatro meses anteriores a novembro, o movimento mensal era acima de 200 mil toneladas de carne bovina exportadas, com receita superior a US$ 1 bilhão (Nájia Furlan/Portos do Paraná)
Comércio exterior
Exportação de carne bovina registra queda em novembro, aponta Abrafrigo
Ao todo, foram embarcadas 173,8 mil toneladas, gerando US$ 872,7 milhões em receita, quebrando a estabilidade observada até outubro
As exportações de carne bovina registraram queda em novembro tanto em volume quanto em entrada de divisas. Ao todo, foram embarcadas 173.783 toneladas, gerando US$ 872,7 milhões em receita. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
O cenário se mantinha estável até outubro. Nos quatro meses anteriores a novembro, os embarques mensais eram acima de 200 mil toneladas. Já a receita se manteve superior a US$ 1 bilhão por mês, no período de março a outubro.
Mas no acumulado do ano sobre igual período de 2021, os resultados são melhores. Segundo a Abrafrigo, de janeiro a novembro, as exportações totais de carne bovina alcançaram US$ 12,2 bilhões em receita, contra US$ 8,5 bilhões nos 11 meses de 2021, perfazendo um crescimento de 44%. No volume, a movimentação até novembro atingiu 2.158.786 toneladas, em comparação com as 1.716.000 toneladas do ano passado, uma alta de 25,8%.
Principais importadores
A China, principal importador da carne bovina brasileira, injetou, até novembro, US$ 7,48 bilhões no País, 93% a mais do que em 2021 (US$ 3,88 bilhões). No volume, o crescimento foi um pouco menor. Até novembro foram destinadas à China 1.149.242 toneladas, um aumento de 59% sobre os embarques do ano passado (722.451 toneladas).
Neste ano, os Estados Unidos se tornaram o segundo maior consumidor do produto nacional. Em 2021, suas compras proporcionaram uma receita de US$ 801,7 milhões e em 2022 ela já alcançou US$ 904,1 milhões (+ 12,8%). No volume, as importações foram de 117.805 toneladas em 2021 e de 173.141 toneladas em 2022 (+47%).
O Chile ficou na terceira posição, importando 71.858 toneladas (-27,5%) e gerando US$ 360,1 milhões em receita (-29,2%). Em quarto lugar ficou o Egito, com movimentação de 93.994 toneladas (+69,7%) e receita de US$ 356,4 milhões (+62,1%). Na quinta posição, entre os maiores importadores, está Hong Kong, que comprou 88.535 toneladas (-57,1%), injetando US$ 308,9 milhões (-61,1%) em receita.
No total, 110 países aumentaram suas aquisições de carne bovina brasileira, enquanto 57 reduziram as compras.
Nos quatro meses anteriores a novembro, o movimento mensal era acima de 200 mil toneladas de carne bovina exportadas, com receita superior a US$ 1 bilhão (Nájia Furlan/Portos do Paraná)