Conforme aponta o levantamento, o total de exportações de produtos florestais teve acréscimo de 13,8%, enquanto o percentual para importações foi de 3%. O principal produto do setor é a celulose, que registrou aumento na exportação de 19%, comparado aos seis primeiros meses do ano anterior. Foto: IBF
Comércio exterior
Exportação de produtos florestais para Europa cresce 27% no 1º semestre
Dados são do relatório produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ)
As exportações de produtos florestais brasileiros para a Europa cresceram 27,1% no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados são do relatório produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A venda chegou a US$ 1,84 bilhão, contribuindo para uma alta do setor de 14,7%, o que alavancou a economia brasileira no segmento.
Conforme aponta o levantamento, o total de exportações de produtos florestais teve acréscimo de 13,8%, enquanto o percentual para importações foi de 3%. O principal produto do setor é a celulose, que registrou aumento na exportação de 19%, comparado aos seis primeiros meses do ano anterior.
Quando o assunto é madeira, a diretora executiva do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), Renata Brito, revela que as exportações de produtos madeireiros no primeiro semestre deste ano foram estáveis, mas que um ponto em específico chama a atenção. “As exportações permaneceram estáveis quando levamos em conta todos os produtos madeireiros, mas mesmo com desafios logísticos, o valor exportado chegou a R$ 164,7 milhões de acordo com informações tabuladas pela Wooflow. Ao comparar o resultado com o do ano passado, nos deparamos com um aumento de 17% no valor exportado, que foi impulsionado pela valorização do dólar”.
O cenário favorável coloca o setor florestal como o quarto melhor colocado de exportações no agro brasileiro. Renata ressaltou como o segmento tende a crescer nos próximos anos, “Precisamos pensar que o setor de florestas comerciais está aliado à sustentabilidade, com as mudanças climáticas e a necessidade de uma economia cada vez mais alinhada ao meio ambiente, a demanda por produtividade deve caminhar ainda mais ao lado do conceito Environmental, Social, and Governance, conhecido como ESG, que tem como um de seus princípios a economia verde. No IBF, nós atendemos a demanda da indústria por madeira e fazemos isso por meio do reflorestamento comercial, na contramão do desmatamento”.
O IBF mantém um Polo Florestal com mais de 5.100 hectares em Pompéu, cidade localizada em Minas Gerais, onde promove o reflorestamento comercial do Mogno Africano. Além dos brasileiros, que aplicam no setor florestal para obter lucro a longo prazo, há investidores internacionais que também confiam no Brasil para produzir madeira.