Com 24,8 milhões de toneladas produzidas na primeira safra, a segunda tende a subir cerca de 45% se comparada ao ciclo anterior, passando de 60,7 milhões de toneladas para 88 milhões de toneladas
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Exportações de milho devem aumentar 77,8%, aponta Conab
Levantamento da Companhia Nacional de Habitação estima um volume de 37 milhões de toneladas neste ano
As exportações de milho devem aumentar 77,8% em relação ao ano anterior, com estimativa de 37 milhões de toneladas. Os números constam no 9º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quarta-feira (8).
Em relação ao grão, a Conab prevê uma alta de 7,15% no estoque de passagem, ou seja, no estoque mínimo existente próximo à nova colheita, mesmo com o aumento da demanda internacional pelo cereal brasileiro.
Segundo o levantamento, houve uma recuperação de 32,3% na produção de milho nesta temporada. Com uma produção estável na primeira safra do cereal, próximo a 24,8 milhões de toneladas, a segunda safra do grão tende a registrar uma elevação de aproximadamente 45% se comparada com o ciclo anterior, passando de 60,7 milhões de toneladas para 88 milhões de toneladas. “No entanto, ainda precisamos acompanhar o desenvolvimento das lavouras, principalmente nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Nesses locais, a cultura se encontra em estágios de desenvolvimento em que o clima exerce grande influência no resultado. Considerando a segunda safra, cerca de 25,5% do milho do País ainda está sob influência do clima”, explicou o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.
De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela estatal, a colheita do cereal de segunda safra está em fase inicial, sendo Mato Grosso o estado com a maior área colhida registrada.
SAFRA 2021/22
A partir deste levantamento, a Conab estima um novo recorde para a safra brasileira de grãos 2021/22, de 271,3 milhões de toneladas. O volume representa um incremento de 6,2% sobre a temporada anterior, o que significa cerca de 15,8 milhões de toneladas.
Alta de 5% nas exportações de trigo
Já em relação ao trigo, a Conab estima um aumento de 5% nas exportações, referente à safra 2021, comercializada de agosto de 2021 a julho de 2022. Na próxima produção a ser comercializada entre agosto de 2022 e julho de 2023, o incremento nas vendas externas chega a 50%, passando de mil toneladas para 1,5 mil toneladas
Queda nas exportações de soja
No caso da soja, os esmagamentos da oleaginosa se apresentam em alta. Já as vendas para o mercado externo estão reduzidas, com isso a previsão de embarque do grão foi atualizada para 75,23 milhões de toneladas. Outro destaque é a queda de 415 mil toneladas na estimativa de consumo interno de óleo de soja, em relação ao consumo de 2021, acarretada pela menor produção de biodiesel nos quatro primeiros meses de 2022, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP.
Algodão, arroz e feijão
Neste levantamento, a Conab manteve as projeções de importação e exportação da safra 2021/2022 também para algodão, arroz e feijão. Com a manutenção dessas expectativas, os estoques finais para arroz e feijão foram reduzidos, em virtude da amena queda na produção, sendo estimados em aproximadamente 2 milhões de toneladas e 251 mil toneladas respectivamente. No algodão, houve redução no consumo interno, passando de 765 mil para 750 mil toneladas.