A embarcação estava atracada no cais, onde estava sendo feita uma operação de embarque de açúcar, que prontamente foi suspensa em razão do vazamentoCrédito: Reprodução/Redes sociais
Região Sudeste
Falha de abastecimento causa vazamento de combustível no Porto de Santos
Cerca de 200 litros de óleo bunker derramaram durante operação em embarcação atracada na margem direita
Uma falha durante uma operação de abastecimento de um navio causou um vazamento de combustível (bunker) no Porto de Santos na segunda-feira (1º). De acordo com informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a estimativa é de que foram derramados aproximadamente 200 litros do produto. A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), Autoridade Portuária de Santos (APS) e o Ibama analisam os danos causados e possíveis responsáveis.
A Cetesb informou que equipes souberam da ocorrência através do setor de Atendimento a Emergências e da Agência Ambiental de Santos. Segundo a companhia, o incidente foi registrado no terminal da Copersucar.
A Autoridade Portuária de Santos informou que o vazamento ocorreu durante operação de abastecimento do navio Pride, que estava atracado no cais dos armazéns 20/21, no Paquetá, na margem direita do Porto de Santos.
Após o registro do derramamento do óleo combustível, ainda segundo a APS, a empresa responsável pelo abastecimento providenciou o reforço da contenção por meio da colocação de cercos preventivos e barreiras absorventes.
A embarcação estava atracada no cais, onde estava sendo feita uma operação de embarque de açúcar, que prontamente foi suspensa em razão do vazamento.
“A APS e Cetesb realizaram vistoria embarcada ao longo do estuário. Até o momento, não foram verificadas anormalidades fora das proximidades da área de ocorrência. No local, grande parte do óleo já foi removido e está sendo realizada a limpeza do navio”, disse a Autoridade Portuária, em nota divulgada ontem (2).
Técnicos da Cetesb e da APS seguem em vistoria pelo local para eventuais trabalhos de contenção e avaliação geral da situação.
Em nota emitida na noite de ontem, a Cetesb informou que a quantidade vazada que atingiu o mar não foi estimada. Porém, segundo os técnicos que realizaram duas vistorias em embarcações percorrendo o estuário até as praias e em torno do navio, se verificaram apenas pequenas manchas de óleo.
Ainda segundo a companhia, os resíduos do óleo vazado e recolhido, com uso de barreiras de contenção, bombas de sucção e mantas absorventes, serão encaminhados para locais adequados, com orientação e acompanhamento da Agência Ambiental Paulista.
A Marinha, através da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, informou que enviou uma equipe de peritos até o local para verificação dos fatos que geraram o incidente. A força naval abriu um inquérito administrativo para apurar as causas e possíveis responsáveis pelo vazamento.
Além da Cetesb, equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estiveram no local para avaliação do derramamento. A maior parte do combustível já foi recolhida, segundo o Ibama.
Durante o dia de ontem, a embarcação seguia com sua operação paralisada e passava por limpeza do casco. O Ibama afirmou que o navio aguardava a possibilidade de liberação para poder continuar a operação de embarque.
No final da noite de ontem, as autoridades responsáveis liberaram a continuidade das operações no navio. Segundo a APS, todo o resíduo gerado será destinado pelas empresas de atendimento a emergências. O agente marítimo foi autuado para efetivar a limpeza da murada do cais e das defensas após a desatracação da embarcação.
A Copersucar, em nota, esclareceu que a responsabilidade pela contingência é exclusiva da empresa que faz o abastecimento da embarcação e do armador, não tendo qualquer relação direta com o ocorrido, não sendo para qualquer efeito parte contratante ou contratada nessa operação de recarga de combustível, que acontece em área pública.