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A inauguração contou com a presença do presidente da Federação, Amaro Sales de Araújo, e dos representantes das empresas que farão parte da iniciativa. Crédito: Divulgação/Fiern

Região Nordeste

Fiern lança Cluster Tecnológico Naval do RN

21 de dezembro de 2022 às 13:59
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Ambiente de debates busca traçar estratégias para a Economia do Mar do Estado

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) anunciou na última quarta-feira (14) a criação do Cluster Tecnológico Naval do Rio Grande do Norte, que tem como objetivo promover o desenvolvimento da economia do mar do Estado.

A proposta surgiu para auxiliar o potencial de desenvolvimento do RN nos diversos setores relacionados às atividades marítimas, como geração de energia, pesca, transporte, entre outras. E neste sentido, a região ainda não contava com uma instituição dedicada exclusivamente a articular empresas, entidades e órgãos públicos que atuam nesses segmentos.

A inauguração do cluster foi na Casa da Indústria, sede da Fiern, e contou com a presença do presidente da federação, Amaro Sales de Araújo, e dos representantes das empresas que farão parte da iniciativa. São elas: Fiern, Senai-RN, Coopesbra, 3R Petroleum, Intermarítima Portos & Logística e Emgepron.

A ideia é que os encontros propiciem debates e o trabalho em conjunto de estratégias e ações para os segmentos que fazem parte da Economia do Mar do RN.

“É um momento de ascensão da economia do Rio Grande do Norte. Com o cluster, temos a oportunidade de discutir conjuntamente toda a economia do mar, que envolve energia, pesca, defesa, manufatura, transporte e serviços. Dentro dessas temáticas está a fonte de energia mais importante para o Estado, que é a eólica offshore”, comentou Amaro.

Sobre as companhias fundadoras da associação, o presidente da Fiern afirmou que “o Cluster precisava ter essas empresas-âncora que trazem contribuições muito importantes. “Ainda no início de 2023 convidaremos outros atores para somar aos trabalhos”.

O Cluster Naval do RN é o primeiro da região Nordeste e o terceiro do país. 

Para Gabriel Calzavara, presidente da Cooperativa de Produção e Serviços da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura do Brasil (Coopesbra) e do Sindicato da Indústria da Pesca do RN (Sindipesca-RN), o objetivo é “utilizar o mar de uma maneira integrada, consciente e de forma sustentável”.

Gabriel destacou que é preciso praticar as vantagens comparativas do RN para torná-lo mais competitivo. 

“Com o cluster, temos um ambiente onde começamos a difundir a mentalidade marítima. O DNA do mar precisa ser mais difundido em todo o país e temos esse papel fundamental de falar do mar como um espaço geopolítico estratégico integrado e criar inteligência para ajudar a desenvolver o Brasil”, ressaltou. 

O almirante Edésio Teixeira, diretor-presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), participou da fundação por videoconferência e parabenizou a Fiern pela iniciativa de fundar um Cluster no estado. 

“Cumprimento o presidente Amaro por entender a relevância dessa associação e de ter uma forma inovadora de gerência da associação. Além disso, tendo como âncora a energia eólica offshore, que é um segmento importantíssimo principalmente no RN e para a transição energética do país”, declarou.

Ricardo Savini, diretor-presidente da 3R Petroleum, uma das maiores companhias de óleo e gás onshore no Brasil, afirmou que é preciso pensar sobre os temas propostos. “O RN é um gigante da energia no Brasil, com muito potencial nas bacias petrolíferas e nas energias renováveis”, disse.

O cluster foi iniciado em maio, a partir da iniciativa do Sistema Fiern; da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), e da Marinha. 

A expectativa é que o Cluster Naval do RN atue de forma a aproveitar as características que o estado possui, fortalecendo investimentos, políticas públicas, legislações e todas as questões e tomadas de decisão que envolvam Economia do Mar.

Economia do Mar

A economia do mar é um conceito que envolve as atividades econômicas que apresentam influência direta do mar, incluindo aquelas que não têm o mar como matéria-prima, mas que são realizadas nas adjacências marítimas.

O termo tem a ver com utilizar e explorar o oceano, incluindo a pesca, a aquicultura e as indústrias de processamento; a extração de petróleo e gás offshore; o transporte marítimo de carga e de passageiros; as instalações portuárias e a logística; as infraestruturas e obras marítimas; a construção naval e reparação; o ensino, formação e investigação científica, entre outras ações. 

Inclui também as atividades emergentes, como as energias renováveis do oceano (eólica, ondas e marés), e a biotecnologia marinha (biocombustíveis, recursos genéticos, farmacêuticos).

 

 

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