Documento foi assinado pelo presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar. O texto diz que a FIESC está preocupada com o posicionamento do governo federal. Foto: Divulgação
Região Sul
FIESC se posiciona contrária à federalização do complexo portuário de Itajaí
Nota foi emitida após ministro de Portos defender federalização do complexo portuário
Nesta quinta-feira (5), após o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, declarar ser a favor da federalização do Porto de Itajaí (SC) e garantir que apresentará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta formal para a mudança de gestão, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) emitiu uma nota afirmando ser contrária à federalização.
O documento foi assinado pelo presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar. O texto diz que a FIESC está preocupada com o posicionamento do governo federal e ressalta que o estado enfrenta “desafios ao longo de décadas pela centralização do Governo”.
Cita ainda que SC contribui “muito” e recebe “pouco em contrapartida”, e que obras essenciais de transportes seguem com décadas de atraso, o que afeta a competitividade, a geração de empregos, renda e tributos do Estado.
“Santa Catarina é referência nacional pela destacada eficiência na movimentação de cargas de valor agregado, o que comprova que o Estado possui todas as condições para fazer a gestão deste importante equipamento estratégico para a competitividade e a inserção internacional da nossa indústria”, destaca um trecho da nota.
A Federação alega que a população de Itajaí, por conviver ao longo de anos com o porto, conhece “como ninguém” as demandas do equipamento. Afirma em seguida que a proposta ignora o fato de que “várias administrações do porto de Itajaí, ao longo do tempo, o classificaram como referência em termos de gestão. Não obstante
as dificuldades e erros ocorridos nos últimos dois anos, alcançando quase a estagnação e paralisação das operações, e prejuízos milionários no comprometimento da cadeia logística portuária, o foco aqui deve ser a gestão apropriada”.
Por fim, a FIESC defende manter a Administração Municipal do porto “condicionada a uma gestão adequada”. Para isso, cita que é necessário fortalecer a agência reguladora para fiscalização, bem como prover uma administração autônoma, técnica e sem ingerência política, com parâmetros de desempenho operacional e transparência.