André Nozawa (à esquerda) participou de um dos painéis ao lado do CEO do Brasil Export Fabrício Julião (ao centro), e do secretário municipal de Santos, Bruno OrlandiCrédito: Divulgação/Brasil Export
Região Sudeste
Finanças travam nova ligação Planalto-Litoral, diz coordenador estadual
De acordo com André Nozawa, Governo vê o problema como prioritário para a logística de São Paulo e do país
O Governo de São Paulo afirmou que uma nova ligação entre o Planalto com a região da Baixada Santista foi colocada como prioritária para a logística do Estado e do Brasil. Segundo o coordenador de Planejamento da Subsecretaria de Logística e Transportes de São Paulo, André Nozawa, o Estado encontra-se travado sobre a questão financeira em viabilizar um novo projeto. O assunto foi debatido em um dos painéis do workshop “Debate sobre uma nova ligação do Planalto à Baixada Santista”, promovido pelo Instituto de Engenharia, realizado na quarta-feira, dia 19, na Capital.
Conforme explicado por Nozawa, segundo dados da concessionária Ecovias, o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) registra a passagem de 100 mil veículos por dia, sendo que 16 mil tratam-se de caminhões.
“Existe a consciência do Governo do Estado e dos órgãos de planejamento de que esse é o problema prioritário para a logística do Estado e do país, claro, pensando na economia brasileira”, disse.
Nozawa afirmou que ainda não foi apresentado nenhum estudo formal ao Estado referente a uma nova ligação, mas ele fez questão de citar algumas vertentes de possibilidades que já foram discutidas anteriormente. Entre elas a chamada Linha Verde — que ligaria a Capital, através do Rodoanel, à margem esquerda do Porto de Santos, em Guarujá —, e o projeto do que seria a terceira pista da rodovia dos Imigrantes.
“Se pegarmos três projetos prioritários do atual governo, a ligação estaria entre os três, se não for o principal. O problema maior é viabilizar a parte financeira. Do ponto de vista econômico, ou seja, o quanto ele vai custar versus o que será gerado de benefícios, claro que isso por si só já pagaria tudo. Redução do tempo, questão do meio ambiente, enfim. Mas o lado financeiro é que há o velho problema da dificuldade de se viabilizar”, analisou o coordenador.
Sobre a necessidade de uma nova ligação para a região da Baixada Santista, o secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos, Bruno Orlandi, disse que a procura pelo município aumentará em grande escala com a chegada da nova temporada de cruzeiros, que promete ser a maior da história, com duração de quase sete meses.
“O Porto de Santos se desenvolve em cargas e no turismo. 60% dos passageiros de cruzeiros embarcam pelo Porto de Santos. Com a ampliação da futura temporada, poderemos ter até meio milhão de passageiros descendo a serra, seja de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiás, enfim. Nosso porto cresce a cada momento e a logística precisa acompanhar esse crescimento”, comentou o secretário municipal.