Funcionários fazem greve por uso de celular e atrasa voos no Aeroporto de Guarulhos

Trabalhadores estão proibidos de usar aparelho nas áreas de carga e descarga do terminal

Funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, realizaram uma paralisação na terça-feira, dia 3, que causou atrasos e cancelamentos de voos durante todo o dia no terminal. O motivo da greve foi contra uma normativa da Receita Federal que proíbe uso de aparelho celular nas áreas de carga e descarga dos terminais.

A mobilização dos funcionários teve início às 3h da manhã, quando o grupo se reuniu em diversos pontos do terminal. Eles alegaram que foram obrigados a assinar um documento sobre a restrição, apesar de não concordarem com a decisão da Receita Federal.

A medida que proíbe o uso de celular nas áreas de carga e descarga dos terminais durante a jornada de trabalho ocorreu após o episódio de troca de malas que levou duas brasileiras a serem presas erroneamente na Alemanha por tráfico de drogas, no mês de abril.

A categoria afirmou que é favorável ao uso do aparelho, para que os funcionários possam se conectar com familiares durante a jornada de trabalho, podendo assim se comunicar em situações de emergência. Os trabalhadores percorreram por diversas áreas do terminal, protestando contra a norma, e chegaram a distribuir panfletos para clientes do aeroporto explicando o motivo da paralisação.

Nas redes sociais, foram muitos os relatos de voos que chegaram a atrasar mais de cinco horas para decolar, fora algumas viagens que tiveram de ser canceladas.

A principal reclamação dos usuários do aeroporto foi a respeito do serviço de bagagens. Os trabalhadores que fazem o transporte de malas aos respectivos aviões não trabalharam durante boa parte do dia, ou seja, muitas pessoas embarcaram, mas sem os seus pertences.

Viralizaram nas redes sociais imagens de diversos aviões estacionados em Guarulhos, mas com poucas pessoas fazendo o trabalho de pista.

Por meio de nota, a concessionária GRU Airport, que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, informou que “devido à paralisação de parte do trabalhadores terceirizados que prestam serviço no pátio e à greve de metrô e CPTM, na terça-feira, foi iniciada a operação em contingência conforme protocolo pré-definido”.

Durante toda a terça-feira a concessionária orientou que os passageiros procurassem as respectivas companhias aéreas para informações e status dos voos.

O BE News procurou a Receita Federal para falar a respeito da norma, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.