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Para Alice Watson e Simone Pinheiro, a gestão lixo zero em Fernando de Noronha é crucial, já que a produção de resíduos gera um envio de 260 toneladas por mês para o Recife (Foto: Divulgação/Grupo Brasil Export)

Sustenta Export

Gestão lixo zero é considerada vital para Noronha, dizem especialistas

Atualizado em: 6 de setembro de 2024 às 3:47
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Docentes do Instituto Federal de Brasília mostraram que estratégia funcionou em Florianópolis

A capital de Santa Catarina, Florianópolis, consegue hoje desviar do aterro sanitário 70% dos resíduos gerados na ilha. Para isso, implantou diversas estratégias voltadas ao Lixo Zero, método estudado também para o arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

As informações foram repassadas pelas docentes do Instituto Federal de Brasília, Alice Watson e Simone Pinheiro, durante o Sustenta Export, evento realizado pelo Grupo Brasil Export no dia 28 de agosto, em Noronha.

Simone explicou que “lixo zero” consiste em inserir uma metodologia de eficiência nos programas de gerenciamento de resíduos das cidades, empresas e equipamentos.

No caso de Noronha, a implantação deste tipo de gestão é considerada vital, justamente por ser um arquipélago e uma área de preservação ambiental. Atualmente, a produção de resíduos por lá chega a 12 toneladas por dia – o que gera um envio de 260 toneladas por mês para o Recife (PE), no continente. Esta operação de transporte é feita por uma embarcação a cada 15 dias, num custo que chega a R$ 100 mil a cada viagem. Do volume total de resíduos, 63% ainda são plásticos.

A capital catarinense criou e implantou o Programa Florianópolis Capital Lixo Zero, que reúne um conjunto de ações que incentivam a sociedade, a iniciativa privada e o governo a reduzir a produção de resíduos e a reintroduzir na cadeia produtiva tudo o que é possível.

O município conta com um centro de valorização de resíduos, pontos de entrega voluntária, condomínios, escolas e supermercados com a gestão lixo zero.

“Cuidar do resíduo orgânico elimina 50% do problema. Florianópolis criou pátios de compostagem (públicos e privados) e este tipo de separação acarreta também no aumento da vida útil do aterro sanitário, bem como queda nos custos logísticos de transporte de resíduos”, explicou Simone.

Não há prazo para que a estratégia lixo zero seja aplicada também em Noronha. Por lá, apenas 4,3% das edificações e terrenos apresentam equipamentos de coleta seletiva; a população estimada já chega a 10.547 pessoas (o dobro do considerado ideal para o local) e o número de veículos é de 1.434 – quatro vezes maior que o limite sugerido.

O Sustenta Export é uma edição do Brasil Export, principal fórum de debates sobre o desenvolvimento dos setores de portos, logística, transportes e infraestrutura do país. Sua programação foi transmitida pela TV BE News no canal 82 da Sky; canal 58 da parabólica; e em sinal aberto para a Grande Campinas no canal 19. Está disponível no canal @tv_benews no Youtube; e no site www.tvbenews.com.br.

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