O fundo de aval recém-criado ganhou um aporte inicial de 8 milhões de euros da agência alemã GIZ (Foto: Divulgação)
Região Sudeste
Governo de SP cria crédito para transição energética de indústrias
Estimativa é movimentar mais de R$ 420 milhões em crédito, beneficiando até 425 indústrias
A Desenvolve SP, agência de fomento do estado de São Paulo, anunciou nesta semana que vai gerir o chamado Fundo de Aval da Eficiência (FAEE), criado para facilitar o acesso a crédito e estimular a indústria paulista na aquisição de maquinários mais modernos e eficientes, além da geração de energia elétrica própria, para implementar a transição energética. A estimativa do estado é movimentar mais de R$ 420 milhões em crédito.
O fundo de aval recém-criado ganhou um aporte inicial de 8 milhões de euros da agência alemã GIZ, especializada em projetos de cooperação tecnológica e de desenvolvimento sustentável em escala mundial.
O FAEE será uma ferramenta que vai ajudar essas empresas a adquirirem o crédito por meio do PotencializEE (Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria).
O programa é uma parceria entre a agência paulista, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). O PotencializEE conta também com o apoio do Senai, que vai prestar consultoria especializada às empresas participantes.
A estimativa é movimentar mais de R$ 420 milhões em crédito, beneficiando pelo menos 425 indústrias de até médio porte. Uma das estratégias para chegar ao número é reduzir as garantias normalmente exigidas nas operações de crédito.
De acordo com Ricardo Brito, diretor-presidente da Desenvolve SP, com o PotencializEE, depois de passar por uma consultoria do Senai, a indústria vai precisar de 20% de garantia para a aquisição do crédito.
Além disso, o programa ajuda na redução dos custos de produção e de consumo de energia, através da transição energética, resultando em menos emissão de carbono.
“Os pequenos e médios industriais não deixam de trocar máquina porque não querem, mas sim porque precisam de 130%, 150% de garantia para trocar uma máquina. O custo da energia é uma das maiores dores da indústria. As máquinas industriais têm hoje, em média, 20 anos de uso”, afirmou Brito.
Segundo o Governo do estado, o PotencializEE pode gerar uma economia de mais de 7 bilhões de quilowatts-hora no consumo de energia até 2025 e reduzir a emissão de 1,1 milhão de toneladas de CO² (gás carbônico).
“Estamos dando mais um importante passo para impulsionar a descarbonização almejada e tornar as pequenas e médias indústrias paulistas mais competitivas”, destacou Natália Resende, secretária da Semil.