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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou em seu site, na manhã desta terça-feira, (26), um "pedido de desculpas do diretor-presidente do Grupo Carrefour", em carta assinada pelo executivo Alexandre Bompard. Foto: Carrefour/Divulgação

Comércio exterior

Governo divulga pedido de desculpas de diretor presidente do Carrefour

Atualizado em: 26 de novembro de 2024 às 12:16
Da Redação Enviar e-mail para o Autor

Mapa ressaltou que trabalha no intuito de esclarecer os fatos e evitar dúvidas sobre a qualidade da agropecuária no país

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou em seu site, na manhã desta terça-feira, (26), um “pedido de desculpas do diretor-presidente do Grupo Carrefour”, em carta assinada pelo executivo Alexandre Bompard.

“Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, afirma Bompard. A carta foi enviada diretamente ao ministro Carlos Fávaro.

Mas, o pedido de desculpas que foi divulgado pela Mapa não aparece no comunicado que o Carrefour publicou em sua página oficial. Neste segundo documento, não se lê, em nenhum momento, que se trata de um pedido de desculpas, ou mesmo de uma retratação, mas sim de um “esclarecimento”, pelo fato de a declaração do executivo ter sido “recebida como questionamento de nossa parceria com a produção agropecuária brasileira ou como uma crítica a ela”. As informações são da Folha de São Paulo.

Na carta endereçada ao ministro da Agricultura, Alexandre Bompard diz que, na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa. “Compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo”, afirma, para então se referir aos acordos comerciais com outros países.

“A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes. Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que atravessam uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais”, declarou.

O fato é que Alexandre Bompard atacou frontalmente a segurança sanitária das carnes produzidas no Mercosul, logo, no Brasil, para atribuir a isso a decisão de sua empresa não adquirir mais proteína animal da região.

Em sua postagem feita das redes sociais, Bompard disse o acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia traria “risco de a produção de carne que não cumpre com seus requisitos e padrões se espalhar pelo mercado francês”.

Ao divulgar a carta de desculpas do executivo francês, o Mapa declarou que conta “com um sistema de rigoroso de defesa agropecuária, que posiciona o Brasil como o principal exportador de carne de aves e bovina do mundo” e que “reitera os elevados padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção agropecuária brasileira”.

O Mapa destacou ainda “o trabalho desempenhado pelo setor, a gestão ativa das associações e seus associados na defesa de uma produção de excelência que chega às mesas de consumidores em mais de 160 países do mundo”.
As boas relações diplomáticas conquistadas pelo governo brasileiro, afirmou o ministério, fazem com que, somente nos últimos dois anos, 281 novos mercados se somassem ao extenso portifólio dos produtos agropecuários brasileiros.

“Por isso, o Mapa afirma que trabalha sempre no intuito de esclarecer os fatos para não permitir que declarações equivocadas coloquem em dúvida um trabalho de defesa agropecuária de alto nível e de uma produção de alta qualidade e comprometida com uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta”, declarou.

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